O Mercado Bitcoin vai entrar para a briga na disputa cada vez mais acirrada pelo mercado de criptomoedas na América Latina. A corretora brasileira anunciou que recebeu o aporte de seis fundos e empresas e que pretende usar R$ 200 milhões acelerar o crescimento e abrir novas operações na América Latina.
O valor exato do investimento não foi revelado. Contudo, em janeiro, a 2TM Participações, que controla os negócios da exchange, foi autorizada a aumentar o capital do social da empresa de R$ 8,3 milhões para R$ 88 milhões e a emitir ações ordinárias, ações preferenciais Classe A e debentures conversíveis em ações.
Conforme comunicado à imprensa, a rodada foi liderada pelas gestoras GP Investimentos e Parallax Ventures, e teve também participação do Fundo Évora, de Zé Bonchristiano, FIP de HS Investimentos, Banco Plural e Gear Ventures.
Mercado Bitcoin e disputa no Brasil
A empresa, que detém a liderança com folga no Brasil, vem de um bom momento puxado pela alta do bitcoin e tem batido recordes de negociação nos últimos dias. O investimento vem em um momento no qual a disputa pelo mercado brasileiro e latino-americano se torna mais intensa.
A argentina Ripio, capitalizada por fundos do Vale do Silício, já opera em outros países do continente e adquiriu a BitcoinTrade no início do ano; e a mexicana Bitso captou R$ 320 milhões para ajudar na expansão no Brasil.
Além do foco em outros países, o foco serão os produtos da Bitrust, uma custódia qualificada que permitirá aos investidores institucionais acesso ao mercado de criptomoedas e ativos digitais; e o Meubank, uma carteira digital, em via de ser regulada pelo Banco Central, em que os clientes poderão guardar diversos ativos digitais tais como milhas, criptoativos, colecionáveis de games e que terá funções de um banco digital.
“Agora, vamos olhar também para os demais mercados, como Chile, México e Argentina, que têm uma cultura regulatória mais próxima da nossa”, disse Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin, no comunicado.