Mercado Bitcoin chega a R$ 40 milhões em ofertas de investimento participativo

Operações, realizadas pelo MB Startups, estão ajudando ecossistema de inovação num momento de retração do venture capital
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Foto: Shuttertock

O Mercado Bitcoin (MB), a maior plataforma de ativos digitais da América Latina, chegou à marca de R$ 40 milhões em ofertas de captação de investimento participativo nos primeiros seis meses de operação do MB Startups. O volume é 16 vezes maior do que os R$ 2,5 milhões que o MB originou em 2022. O MB Startups, plataforma única no Brasil ao aliar um rigoroso processo de avaliação das startups com ofertas registradas na blockchain, vê espaço para mais do que dobrar as ofertas no ano que vem.

“Esse processo de tokenização de oferta de investimento colaborativo é uma trilha que já vimos acontecer na renda fixa digital, que começou pequena, na casa dos R$ 3 ou R$ 4 milhões por ano. Hoje, já superamos mais de R$ 400 milhões, sendo R$ 53 milhões só em outubro”, explica Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin. “O MB Startups pode chegar na casa dos R$ 100 milhões em ofertas públicas e privadas no ano que vem, o que deve ajudar empresas emergentes nesse período de escassez de recursos”.

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Para chegar até o mercado, a startup precisa passar por um processo de avaliação. Nessa due diligence, o MB Startups verifica todos os documentos, se é uma oferta com bons fundamentos e se os números são consistentes. Para isso, conta ainda com alguns parceiros, como o hub de inovação Distrito, a venture builder Fisher VB, o clube de investidores Jupter, e a Gear Ventures, venture capital dos sócios do Mercado Bitcoin, que apoiam as empresas para que elas atendam os controles que o MB Startups precisa para montar uma oferta. “O MB Startups consegue entender a empresa que tem uma estrutura mais simples”, diz Rabelo.

Então, todas as informações da empresa são consolidadas na plataforma do MB Startups e podem ser acessadas facilmente, assim como as demonstrações financeiras, que são atualizadas trimestralmente. A plataforma também permite que o investidor tenha acesso ao founder, podendo colaborar no desenvolvimento da operação.

“Com o aprendizado da operação de crowdfunding iniciada em 2020, percebemos que nossa estrutura poderia acomodar transações maiores do que os limites colocados para as ofertas públicas. Passamos a entender e atender gestores de VCs, Family Offices e Clubes de Investidores, que precisavam de mais tecnologia para organizar os investimentos, sem necessidade de oferta pública dos cases”, destaca o CEO do MB.

As maiores operações privadas que o MB Startups facilitou este ano envolveram algumas das melhores startups do país, como uma fintech de Joinville avaliada em quase R$ 1 bilhão, e a Pacific Sec, braço de cibersegurança de algumas das maiores empresas de tecnologia do Brasil.

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Além dessas, fizeram 4 ofertas públicas dentro dos limites do crowdfunding que ainda estão disponíveis para investimento, como Declare Cripto, JUMP, Juros Baixos e SoulPrime.

Regulação de Crowdfunding

As ofertas de investimento por financiamento coletivo vêm passando por uma grande mudança regulatória nos últimos anos no Brasil. A maior delas foi a Resolução 88 da CVM, a Comissão de Valores Mobiliários, que foi editada no ano passado. Entre outras medidas, a norma aumentou o limite de captação de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões ao ano.

A regulação dá mais segurança para o investidor, ao mesmo tempo que permite que empresas emergentes acessem o mercado de capitais por meio de uma operação mais simplificada do que ofertas tradicionais, que envolvem empresas de grande porte e diversos intermediários na captação.

No ano que vem, é possível que a CVM viabilize evoluções para a norma, permitindo o funcionamento de verdadeiras bolsas de startups, a partir dos aprendizados no Sandbox sobre o tema. O MB Startups já está pronto para entregar uma solução que atende o mercado.