Cerca de 2 milhões de chineses da cidade de Shenzhen se candidataram para testar o yuan digital, a versão de moeda digital do banco central (CBDC) da China. No entanto, como foram disponíveis apenas 50.000 pacotes com 200 yuans (cerca US$ 30), apenas 2,61% foram contemplados, segundo o South China Morning Post (SCMP).
A ação de 10 milhões de yuans (US$ 1,5 milhão) do Banco Popular da China (PBoC) é parte de um teste piloto mais amplo para sua moeda digital nacional.
O meio de pagamento foi batizado de ‘Pagamento Eletrônico de Moeda Digital’, da sigla DCEP, e já foi testado, além de Shenzhen, em mais três da China: Suzhou, Xiong’an, Chengdu.
Na semana passada, o centro de tecnologia chinês de Shenzhen afirmou que o PBoC já havia processado mais de três milhões de transações — no valor de 1,1 bilhão de yuans (US$ 162 milhões) como parte de seu teste do DCEP .
Segundo o SCMP, os pacotes, denominados ‘red packets’, podem ser usados em milhares de lojas no centro comercial do distrito de Luohu, o maior de Shenzhen. No entanto, os créditos e nem mesmo para uma conta bancária normal.
No pico da crise sanitária causada pelo coronavírus, o governo de Shenzhen também recompensou cerca de 5.000 profissionais da área médica e de saúde com doações por meio da nova moeda digital.
Contudo, surgiu uma discussão de como crianças e idosos vão poder usar o novo meio de pagamento. Isso porque é necessário que o usuário crie uma carteira digital. Até o momento, há quatro carteiras desenvolvidas pelos quatro principais bancos comerciais chineses.
Yuan digital da China
O yuan digital é parte do plano da China de se mover em direção a uma sociedade sem dinheiro. É, também, uma uma tentativa de reduzir sua dependência do dólar americano.
O lançamento oficial ainda não foi divulgado, mas segundo relatórios, a China planeja finalizar o lançamento do DCEP antes do início das Olimpíadas de Inverno de 2022 em Pequim.
O objetivo é entender completamente o funcionamento da nova moeda até a chegada do evento.