Pessoa olha para scanner da Worldcoin
(Foto: Divulgação/Worldcoin)

A World, projeto de identidade digital por escaneamento ocular cofundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, foi oficialmente lançado nos Estados Unidos. Após anos de testes e polêmicas globais, a empresa, antes chamada Worldcoin, anunciou que suas “orbs” estão agora disponíveis em seis cidades americanas: Atlanta, Austin, Los Angeles, Miami, Nashville e São Francisco.

“Os Estados Unidos da América estão na vanguarda da inovação em inteligência artificial. Agora, é hora do hub de IA do mundo abraçar a contrapartida essencial: prova de humanidade”, escreveu a World em um comunicado na quarta-feira (30).

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O projeto oferece criptomoedas em troca de dados biométricos, como escaneamento da íris, e já atraiu mais de 12 milhões de usuários ao redor do mundo. A World promete que os dados biométricos não são armazenados em servidores centrais, mas críticos seguem levantando preocupações com privacidade e coerção, enquanto alguns países proíbem tal atuação, como o Brasil.

World no Brasil

No mês passado, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a criação de uma CPI para investigar a atuação da Tools for Humanity (TFH), empresa por trás do projeto, acusada de oferecer recompensas financeiras em troca da coleta de dados sensíveis. “Essa CPI é de interesse internacional, porque os dados do nosso povo foram mandados para o exterior”, disse a vereadora Janaina Paschoal (PP), autora do pedido.

A ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) já havia proibido a prática no país, mantendo suspensa a distribuição de tokens WLD ou qualquer outra forma de compensação. Mesmo com a suspensão, a empresa mantém unidades abertas para fins “educacionais”.

Na semana passada, em entrevista exclusiva ao Portal do Bitcoin, a diretora da Tools for Humanity, Astrid Vasconcellos, afirmou que a World não compra íris nem armazena dados e que a empresa quer mudar essa percepção das autoridades do Brasil.

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Em resumo, enquanto a World avança nos EUA, seu modelo de negócios enfrenta crescente resistência no Brasil e em outras partes do mundo.

Ripple tenta comprar Circle

A Ripple, empresa por trás do XRP, fez uma proposta entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões para adquirir a Circle, emissora da stablecoin USDC, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg e repercutidas pelo Decrypt. A oferta teria sido recusada por ser considerada baixa.

A Circle está em processo de abertura de capital nos EUA e, por isso, evita comentar publicamente o assunto. Já a Ripple afirmou anteriormente à Bloomberg que está ativamente buscando aquisições, com foco em empresas de infraestrutura blockchain.

O setor de stablecoins está passando por mudanças, com novas regras sendo discutidas no Congresso americano. Isso pode atrair grandes players, como o Bank of America e empresas de tecnologia, para esse mercado.

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Enquanto o USDC tem um valor de mercado acima de US$ 62 bilhões e opera em 19 blockchains, a Ripple lançou recentemente sua própria stablecoin, RLUSD, nas redes Ethereum e XRP Ledger. Seu valor de mercado saltou de US$ 72 milhões para US$ 317 milhões neste ano, segundo a CoinGecko.

Bitcoin pausado

O Bitcoin subiu para US$ 96.484,84 mil nesta manhã de quinta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, após uma valorização de 2,7% nas últimas 24 horas.

Segundo dados do CoinGecko, a criptomoeda atingiu uma máxima diária de US$ 95.192,59 e uma mínima de US$ 93.333,62, mantendo-se dentro de uma faixa de consolidação estreita.

“A recente valorização do preço do Bitcoin é resultado de um impulso de longo prazo e não de um fenômeno temporário”, disse Ryan Yoon, analista-chefe de pesquisa da Tiger Research, ao Decrypt .

Ele disse que o Bitcoin está agora “passando de um ativo especulativo para um componente essencial nos portfólios de investidores institucionais”.

*A matéria foi atualizada para incluir o comentário do analista

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