O mercado de criptomoedas opera em terreno negativo nesta quinta-feira (6), véspera de feriado, em linha com a cautela nas bolsas internacionais, que aguardam mais dados sobre a economia americana.
O Bitcoin (BTC) recua 2,3% nas últimas 24 horas, para US$ 27.873,06, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC perde 1,97%, negociado a R$ 142.095,25, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
Nas últimas 24 horas, o Ethereum (ETH) registra baixa de 2,3%, cotado a US$ 1.866,68.
As altcoins também operam no vermelho, entre elas BNB (-1%), XRP (-3,7%), Cardano (-4,3%) Doge (-7,3%), Polkadot (-3,8%), Cardano (+0,9%), Polygon (-3,3%), Solana (+-2,7%), Shiba Inu (-3,5%) e Avalanche (-2,2%).
Austrália barra Binance
A agência reguladora de valores mobiliários da Austrália (ASIC) cancelou a licença operacional para o negócio de derivativos da Binance, a Binance Australia Derivatives, que permitia oferecer produtos de derivativos de balcão para usuários australianos, informou o Decrypt.
A Binance optou por seguir uma abordagem mais focada na Austrália, encerrando os negócios de futuros, e os traders locais de derivativos devem fechar todas as posições existentes até 21 de abril de 2023.
A medida segue uma investigação da Binance conduzida pela ASIC em fevereiro, que identificou 500 usuários que foram incorretamente classificados como “investidores de atacado”.
É um movimento similar aquele feito no Brasil: em meados de 2020, a CVM emitiu uma stop order contra a operação de futuros da empresa no país, alegando que se tratavam de valores mobiliários não regulados. Já no ano passado, no entanto, reportagem do Portal do Bitcoin mostrou que ainda era possível acessar o serviço de derivativos no Brasil, bastando mudar o idioma da plataforma para português de Portugal.
Reguladores no mundo todo aumentam o escrutínio da Binance, até Dubai, escolhida como residência do CEO da corretora, Changpeng “CZ” Zhao.
O governo de Dubai está solicitando informações adicionais de candidatos a operarem no país, como a Binance, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg. Entre as informações solicitadas à maior exchange cripto do mundo estão estrutura de propriedade, governança e procedimentos de auditoria.
Além dos EUA e Dubai, europeus também apertam o cerco. Elizabeth McCaul, que faz parte do conselho de supervisão do Banco Central Europeu, disse que grandes empresas cripto globais como a Binance precisam estar sujeitas a regras mais rigorosas com mais cooperação regulatória internacional, segundo publicação em um blog na quarta-feira (6).
Em comunicado à imprensa, a corretora disse que, após conversas recentes com o regulador australiano ASIC, a empresa optou por buscar uma abordagem mais focada na Austrália, encerrando os negócios da Binance Australia Derivatives. Há um pequeno número de usuários remanescentes na Binance Australia Derivatives, aproximadamente 100, e entramos em contato para notificá-los sobre o processo de encerramento.
Sobre o Brasil, a corretora disse que atua em conformidade com o cenário regulatório do país.
Bitcoin hoje
Desde o rali puxado pela crise bancária nos EUA e agravada pela turbulência envolvendo o Credit Suisse, que foi comprado pelo UBS, o Bitcoin não consegue ultrapassar a barreira dos US$ 28 mil.
A maior criptomoeda ganhou força com a narrativa clássica de funcionar como um ativo descentralizado alternativo ao sistema financeiro tradicional.
Mas, desde então, o Bitcoin parece encontrar dificuldade de decolar.
Em entrevista à Bloomberg, Aya Kantorovich, ex-chefe de cobertura institucional da FalconX, disse que a atual tendência do BTC não surpreende, porque pouca coisa mudou no espaço de ativos digitais.
“Não estamos necessariamente vendo novos usuários na rede”, afirmou Kantorovich. O caos no setor financeiro inspirou os ‘touros’ a comprar mais Bitcoin, mas investidores institucionais buscaram segurança em outros lugares em produtos como ETFs (fundos de índice) ou fundos mútuos”, avalia.
Chris Newhouse, trader de derivativos da empresa de investimentos cripto GSR, diz que o mercado cripto é tipicamente impulsionado por narrativas de curto prazo, bem como por operadores que seguem diferentes tendências.
Nos próximos dias, dados macroeconômicos devem mexer com o mercado de ativos de risco, como ações e criptomoedas.
Nesta sexta-feira santa (7), investidores de plantão vão acompanhar os dados do mercado de trabalho nos EUA, que podem dar uma ideia mais clara da saúde da economia americana e pistas sobre a política monetária do Federal Reserve.
White paper do Bitcoin na Apple
O white paper do Bitcoin foi encontrado em arquivos de sistema da Apple para máquinas que executam as versões mais recentes – Catalina ou posteriores – do sistema operacional macOS, de acordo com o portal Blockcworks. É o sistema operacional que é encontrado nos MacBooks.
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No documento “simpledoc.pdf”, Satoshi Nakamoto, pseudônimo do criador (ou criadores) do Bitcoin, descreve os fundamentos para uma moeda digital descentralizada.
A referência – justo em 5 de abril, dia do suposto 48º aniversário de Nakamoto – à blockchain criada em 2008 foi relatada pela primeira vez por um blogueiro independente, Andy Baio, em seu blog Waxy.
“Eu estava na verdade tentando consertar minha impressora”, disse Baio ao Blockworks. “Tentava digitalizar um documento com minha impressora/scanner sem fio, mas o dispositivo não estava aparecendo no ‘Image Capture’ depois que atualizei o macOS recentemente. Apenas este dispositivo “Virtual Scanner II”, que eu nunca tinha visto (ou notado?) antes.”
Baio não sabe explicar por que o documento apareceu em uma pasta no macOS, mas diz que todas as versões modernas do sistema operacional, depois de 2017, parecem contê-lo. A Apple não respondeu de imediato ao pedido de comentários da Blockworks.
Baio observou que é possível abrir uma cópia do white paper inserindo os seguintes comandos no aplicativo do terminal:
“open /System/Library/Image\ Capture/Devices/VirtualScanner.app/Contents/Resources/simpledoc.pdf”
Nova blockchain
Fabian Vogelsteller, um veterano da rede Ethereum que ajudou a moldar o ecossistema nos primeiros dias, prepara o lançamento de uma blockchain voltada aos “criativos”, com foco em moda e do mundo da arte, conforme o CoinDesk.
Uma das contribuições mais significativas do programador alemão de 39 anos para o Ethereum foi a invenção do ERC-20, o projeto para criar tokens compatíveis com a blockchain.
Vogelsteller agora está dedicado ao seu novo projeto, LUKSO, uma rede de camada 1 a ser lançada em breve que, segundo ele, foi desenvolvida para a “economia criativa”.
A nova blockchain vai competir com a própria Ethereum, a rede de contratos inteligentes dominante com capitalização de mercado de US$ 217 bilhões.
Outros destaques das criptomoedas
Pesquisa recente da Divly, plataforma especializada em serviços tributários para criptoativos, estima que, globalmente, apenas 0,53% dos investidores de criptomoedas declararam suas atividades às autoridades em 2022.
Segundo o estudo, a Finlândia tem a taxa de pagamento mais alta, de 4,09%, enquanto as Filipinas mostram a proporção mais baixa entre os 24 países analisados, com 0,03% dos investidores tendo declarado suas criptomoedas no ano passado.
Nos EUA, 1,62% dos investidores teriam declarado suas criptomoedas em 2022. Embora os EUA estejam em 10º lugar em pagamentos, o número de declarações de cripto é quase o dobro do registrado no Japão, 2º no ranking nesse quesito, devido à grande adoção de criptomoedas e tamanho da população americana.
No Brasil, onde a Receita Federal alertou que quem não declarar suas criptos vai cair na malha fina, a taxa ficou em apenas 0,1%, colocando o mercado brasileiro na 21ª posição no ranking da Divly. Enquanto isso, dados da Receita Federal mostram que o número de CPFs que declararam operações com criptomoedas em janeiro foi de 1.351.432, um ganho de 48% na comparação mensal, conforme o Valor Investe.
A Trust Wallet, carteira cripto sem custódia da Binance com mais de 60 milhões de usuários, fechou uma parceria com as empresas de pagamentos cripto MoonPay e Ramp Network para que usuários possam converter tokens em moedas fiduciárias em seu aplicativo.
O objetivo é permitir que usuários movimentem criptomoedas apenas por meio meio de suas carteiras de autocustódia, com controle total dos ativos, sem depender de uma exchange centralizada, de acordo com comunicado à imprensa.
Um mercado online ilícito onde usuários vendiam senhas roubadas, informações de contas bancárias e outros dados confidenciais foi fechado pelos EUA, Reino Unido, Países Baixos e outras agências de fiscalização, de acordo com a Bloomberg.
Na terça-feira (4), autoridades bloquearam o site ilegal, conhecido como Genesis Market, como parte da “Operação Cookie Monster”. O prejuízo das vítimas é estimado em dezenas de milhões de dólares, sendo que os cibercriminosos teriam lucrado US$ 8,7 milhões em criptomoedas com a venda de credenciais roubadas.
O site começou a funcionar em 2018 e oferecia acesso a dados roubados de mais de 1,5 milhão de computadores comprometidos, totalizando mais de 80 milhões de credenciais que poderiam ser usadas para acessar contas, segundo o Departamento de Justiça dos EUA. A polícia prendeu 119 pessoas em 17 países em conexão com o site, de acordo com a agência europeia Europol.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, pretende usar sua ferramenta de inteligência artificial generativa para criar anúncios com foco em empresas até o final deste ano. A publicidade já representa uma grande fonte de receita para a Meta, mas a empresa agora quer desenvolver anúncios customizados por IA.
“[As marcas podem] pedir à IA: ‘Crie imagens para minha empresa que funcionem para públicos diferentes.’ E podem economizar muito tempo e dinheiro”, disse o diretor de tecnologia da Meta, Andrew Bosworth, ao jornal Nikkei Asia. A Meta também divulgou um modelo de IA que pode identificar objetos individuais dentro de uma imagem. Segundo a empresa, a ferramenta é a maior desse tipo já criada, informou a Reuters.
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