O mercado de criptomoedas opera sem tendência definida nesta terça-feira (23), em meio ao retorno de investidores a fundos com exposição direta ao Bitcoin, enquanto os índices acionários na Europa e futuros dos EUA avançam em uma semana repleta de balanços de peso.
A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) está consultando participantes de mercado sobre a possibilidade de negociar ações 24 horas por dia, informou o Financial Times. Segundo o jornal, o tema vem ganhando destaque nos últimos anos diante da crescente popularidade das criptomoedas, cujos mercados não fecham, e também devido à maior atividade de investidores de varejo na esteira dos lockdowns da pandemia.
O Bitcoin anda de lado, cotado a US$ 66.138,66, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC cai 0,17%, negociado a R$ 344.093,54, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) recua 1,2%, para US$ 3.178,15.
XRP sobe 2% em 24 horas. Em documento apresentado na segunda-feira (22), a Ripple Labs, emissora do token, disse que deveria pagar cerca de US$ 10 milhões em multas à SEC, e não US$ 2 bilhões como a reguladora propôs no mês passado, decorrente de seu processo contra a empresa, acusada de vender valores mobiliários não registrados.
O diretor jurídico da Ripple, Stuart Alderoty, afirmou em post no X que a exigência da SEC é prova de sua “contínua intimidação” contra a indústria cripto.
Outras altcoins vão em direções opostas, com destaque para BNB (+1%), Solana (+0,2%), Cardano (+1,5%), Dogecoin (-1,2%), TRON (+0,6%), Toncoin (-7,3%), Chainlink (-0,4%), Avalanche (-2,8%), Polkadot (-1,6%), Polygon (-1,2%) e Shiba Inu (-1,4%).
Bitcoin hoje
Depois do otimismo motivado pelo quarto halving do Bitcoin e à espera do próximo, traders agora buscam pistas para guiar as estratégias de investimento.
Na semana passada, fundos com exposição a criptomoedas sofreram mais saídas de capital, totalizando US$ 206 milhões em retiradas globais, segundo relatório da CoinShares.
Regionalmente, o resultado foi puxado pelos Estados Unidos, que marcaram a saída de US$ 244 milhões dos fundos e ETFs de cripto. O Brasil segue como destaque positivo, com entradas de US$ 5,5 milhões (cerca de R$ 28,5 milhões) no período.
Mas após uma sequência de cinco dias de resgates líquidos consecutivos na sexta-feira (19), dia do halving, os ETFs de BTC à vista nos EUA registraram outra sessão de entradas na segunda-feira (22).
A entrada líquida total para ETFs de BTC spot somou pouco mais de US$ 62 milhões, com o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund recebendo US$ 34,83 milhões, de acordo com dados da SoSoValue.
Venezuela mira cripto para contornar sanções
A PDVSA, petrolífera estatal da Venezuela, planeja aumentar o uso de criptomoedas em suas exportações de petróleo e combustíveis depois da decisão dos EUA de novamente impor sanções ao país, disseram três pessoas com conhecimento do assunto à Reuters.
Desde o ano passado, a PDVSA tem aumentado uso da stablecoin Tether (USDT) em suas vendas de petróleo. Com o retorno das sanções, o governo venezuelano pretende acelerar o processo para reduzir o risco de que a receita com as vendas fique bloqueada em contas bancárias estrangeiras devido às restrições dos EUA, disseram as pessoas.
Além disso, a PDVSA também pediu que qualquer novo cliente interessado em realizar transações com petróleo tenha criptomoedas em uma carteira digital. A exigência foi aplicada até mesmo em alguns contratos antigos que não declaram especificamente o uso da USDT, contou uma das fontes à Reuters.
Outros destaques desta terça-feira
Vários credores da extinta exchange Mt. Gox relataram que o administrador atualizou contas com dados para a devolução de bitcoins e moedas fiduciárias. Antes uma das maiores corretoras cripto do mundo, a Mt. Gox fechou em 2014 após o roubo de 850 mil BTC em um ataque cibernético.
Alguns usuários afirmaram ter recebido reembolsos em moeda fiduciária em suas contas bancárias. “Dinheiro recebido em USD em uma conta HSBC e parece livre de taxas”, escreveu um indivíduo que afirma ser credor da Mt. Gox na segunda-feira (22).
A esposa de Nadeem Anjarwalla, um executivo da Binance que escapou da custódia do governo nigeriano, negou ao CoinDesk, por meio de um porta-voz, que seu marido tenha sido preso no Quênia e que será extraditado para a Nigéria. Anjarwalla é gerente regional da Binance para a África e havia sido detido juntamente com o chefe de compliance contra crimes financeiros da exchange, Tigran Gambaryan, depois que autoridades nigerianas acusaram a empresa de sonegação fiscal e manipulação cambial.
Dois advogados da SEC, a CVM dos EUA, renunciaram depois que um juiz federal sancionou e repreendeu a agência por “abuso grosseiro” de poder em um processo contra a plataforma cripto DEBT Box, acusada de fraudar investidores em pelo menos US$ 49 milhões. Michael Welsh e Joseph Watkins deixaram seus cargos neste mês depois que um representante da SEC lhes disse que seriam demitidos caso permanecessem na agência, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg.
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