Bitcoin e Ethereum se recuperam nesta quinta-feira (22) após as previsões otimistas de vendas da fabricante de chips Nvidia no setor de inteligência artificial, o que também impulsiona os mercados globais de ações. O índice Nikkei do Japão atingiu um recorde, fechando acima da máxima de 1989.
Após cair para US$ 50.700 na quarta-feira, o Bitcoin sobe 1,5% em 24 horas, cotado a US$ 51.972,56, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC ganha 0,6%, negociado a R$ 257.866,35, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) registra valorização de 4,6%, a US$ 3.028,60.
Traders aceleram as compras de tokens relacionados à tecnologia de inteligência artificial, com destaque para o SingularityNET (+34,4%) e Fetch.ai (+12%). O WLD, token da WorldCoin, avança 18%.
O projeto não tem nenhuma relação com a OpenAI, mas investidores de criptomoedas parecem buscar exposição ao sucesso da startup de Sam Altman por meio do WLD.
Outras altcoins mostram desempenho misto nesta manhã, entre elas BNB (+4,8%), XRP (-0,5%), Solana (-0,2%), Cardano (+0,8%), Dogecoin (+0,3%), TRON (-0,7%), Chainlink (+0,2%), Avalanche (+0,9%), Polkadot (+1,2%), Polygon (-1,5%) e Shiba Inu (+0,7%).
Bitcoin hoje
Bitcoin e Ethereum passaram por uma correção na quarta-feira (21), mas alguns analistas dizem que o movimento de vendas era esperado e não indica uma tendência mais ampla.
“O Bitcoin conseguiu evitar um ‘sell-off’ sem replicar o impulso observado nos últimos dias”, disse ao CoinDesk Alex Kuptsikevich, analista de mercado sênior da FxPro. “Tecnicamente, o recuo do Ethereum para US$ 2.700 é uma correção do rali deste mês e não deve causar muito alarme.”
Tom Lee, chefe de pesquisa da FundStrat, disse em entrevista à CNBC que o BTC pode subir para até US$ 150 mil neste ano.
Apesar do otimismo, o Bitcoin mostra desempenho mais fraco em relação ao Ethereum, em parte devido à percepção de que a nova onda de fundos de índice (ETFs) nos EUA terá como foco a segunda maior criptomoeda.
Desde janeiro, o ETH acumula alta de 30% em comparação com o ganho de 22% do BTC, segundo dados compilados pela Bloomberg.
A Coinbase, a maior exchange cripto dos EUA, pressiona reguladores para a aprovação da proposta da Grayscale para lançar um ETF à vista de Ethereum.
Mas relatório da S&P Global Ratings alertou que fundos com exposição direta ao ETH que incluam “staking” podem elevar o risco de concentração na rede.
Extradição do fundador da Terraform Labs
Um tribunal de Montenegro determinou que Do Kwon, fundador da Terraform Labs, deve ser extraditado para os EUA para ser julgado por acusações de fraude, e não para sua terra natal, a Coreia do Sul. As informações são do Wall Street Journal.
Os advogados de Kwon têm três dias para recorrer da decisão do Tribunal Superior da capital de Montenegro, disse uma porta-voz da corte na quarta-feira (21). O tribunal de apelações terá a palavra final no caso.
Um advogado de Kwon em Montenegro, Goran Rodić, considerou a decisão ilegal e prometeu recorrer. Kwon, processado por reguladores nos EUA pelo colapso dos tokens TerraUSD e Luna, nega ter cometido fraude.
Outros destaques das criptomoedas
Sam Bankman-Fried, em sua primeira aparição no tribunal após ser considerado culpado de desviar bilhões de clientes da FTX, disse na quarta-feira (21) que mudou de advogado, segundo o CoinDesk. O ex-CEO da FTX será representado por Marc Mukasey no mês que vem, quando receberá sua sentença.
Mukasey também representa Alex Mashinsky, fundador da plataforma de crédito cripto Celsius, acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de fraude de valores mobiliários, fraude de commodities e conspiração para manipular o preço do token CEL da empresa, entre outros crimes. Mashinsky será julgado no fim do ano.
A empresa por trás do Bored Ape Yacht Club tem um novo líder: o cofundador da Yuga Labs, Greg “Garga” Solano, anunciou na quarta-feira (21) que está retornando como CEO, no lugar do ex-executivo da Activision Daniel Alegre, que ficou menos de um ano no comando, informou o Decrypt.
O Paris Saint-Germain anunciou que será um validador de rede para a blockchain Chiliz Chain, que hospeda os fan tokens do PSG. O clube de futebol francês pretende usar os recursos gerados para recomprar os tokens. Apesar da aposta de times de futebol no mercado de criptomoedas nos últimos anos, é a primeira vez que um clube atua como validador de uma blockchain, de acordo com o CoinDesk.
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