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Os acionistas da fintech Méliuz aprovaram na quinta-feira (15), por ampla maioria, a mudança que a transforma na primeira companhia de tesouraria em Bitcoin listada no Brasil.

Na prática, a empresa que surgiu para oferecer cashback aos brasileiros, alterou o seu objeto social para oficializar a realização de investimentos em Bitcoin como parte de sua estratégia de negócios. 

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O anúncio, feito no X pelo presidente da empresa, Israel Salmen, revelou também que a Méliuz fez uma compra de 274.52 BTC, adquiridos por US$ 28,4 milhões (cerca de R$ 161,2 milhões), a um preço médio de US$ 103.604 por unidade.

Uma vez que a companhia já havia adquirido 45.72 BTC no início de março, quando alocou 10% do caixa na criptomoeda, sua reserva atual salta para um total de 320.2 BTC, cerca de R$ 178 milhões na cotação atual do Bitcoin.

Na manhã desta sexta-feira (16), a criptomoeda é negociada a US$ 103.776, em alta de 1,9% no dia. Em reais, a cotação do BTC fica por volta de R$ 590.465, segundo dados do Portal do Bitcoin.

“Em vez de apenas alocar parte de seu caixa em Bitcoin como proteção contra a inflação ou desvalorização cambial, a companhia redefiniu seu propósito para atuar visando maximizar a quantidade de Bitcoin por ação”, explicou a Méliuz em nota.

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“A principal missão de uma Bitcoin Treasury Company é acumular Bitcoin de forma crescente e vantajosa para os acionistas, utilizando sua geração de caixa e estruturas corporativas e de mercado de capitais para ampliar a exposição ao ativo ao longo do tempo”, acrescentou.

A estratégia Bitcoin

Com a medida, a Méliuz passa a integrar a crescente lista de empresas públicas que adotam o Bitcoin como ativo de tesouraria — movimento inspirado, em grande parte, pela Strategy, do bitcoiner Michael Saylor, pioneira nessa estratégia desde 2020. Atualmente, a Strategy detém 568.840 BTC, o equivalente a US$ 58 bilhões, com um lucro não realizado estimado em cerca de US$ 30 bilhões.

Em abril, a Méliuz convocou uma assembleia para votar na integração do investimento em Bitcoin como parte central dos seus negócios. Na ocasião, o grupo afirmou que o plano era “fomentar a geração incremental de Bitcoin para os seus acionistas, seja por meio da geração de caixa operacional ou por eventuais operações financeiras e iniciativas estratégicas”. 

A companhia então criou um “comitê estratégico de Bitcoin”, para viabilizar a ampliação da estratégia, promover a operacionalização das compras e dar apoio na criação de diretrizes e governança para este assunto.

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Em entrevista ao Portal do Bitcoin na época, Israel Salmen, fundador e atual presidente do conselho de administração da Méliuz, compartilhou os bastidores dessa decisão e os planos futuros relacionados ao Bitcoin.

Penna afirmou à reportagem que a empresa está ciente da volatilidade do Bitcoin e, embora oscilações possam ocorrer no futuro, sua tese permanece focada no longo prazo. 

“Nós realmente acreditamos que o Bitcoin é uma moeda com futuro global e, por isso, tomamos essa decisão. O preço do Bitcoin pode chegar a US$ 10 mil ou US$ 200 mil, assim como a ação pode subir 20% em um dia, mas isso é irrelevante no curto prazo. O que importa é que acreditamos na tese da moeda e nos seus aspectos econômicos, e estamos posicionados para o futuro”, disse.

Leia também: “Bitcoin pode salvar a humanidade”, diz fundador da 1ª empresa da B3 a investir em cripto

As ações da Méliuz fecharam a quinta-feira cotadas a R$ 8,35, acumulando uma alta de 117% desde o anúncio de sua primeira compra de Bitcoin — considerado o principal motor da recuperação da empresa na bolsa de valores.

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