A Méliuz anunciou na segunda-feira (14) que quer expandir sua estratégia de adquirir Bitcoin como grande parte do seu negócio. Por meio de comunicado, a empresa afirmou que irá convocar para o dia 6 de maio uma assembleia geral dos acionistas para que se faça uma votação da proposta de alteração do objeto social da companhia para contemplar a possibilidade de realização de investimentos em Bitcoin como parte de sua estratégia de negócios.
A empresa listada na B3 afirma que concluiu o estudo sobre as providências de governança a serem adotadas para a ampliação da sua nova estratégia voltada para aplicação de recursos e realização de investimento em Bitcoin.
Segundo o comunicado, o objetivo é de adotar o Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da Companhia, “além de fomentar a geração incremental de Bitcoin para os seus acionistas, seja por meio da geração de caixa operacional ou por eventuais operações financeiras e iniciativas estratégicas”.
Porém, a Méliuz ressalta que não irá abandonar suas atividades principais de provedora de soluções de cashback e que o serviço tradicional será importante para gerar caixa para ampliar a estratégia de adquirir mais Bitcoin ao longo do tempo.
Os acionistas que discordarem da nova estratégia poderão ser reembolsados no valor de R$ 3,92 por ação, conforme a quantidade de papéis da empresa possuíam na data de 31 de dezembro de 2024.
10% do caixa em Bitcoin
No dia 6 de março, a Méliuz anunciou que usou 10% do seu caixa para comprar Bitcoin. Com isso, tornou-se a primeira empresa brasileira listada em bolsa a adotar essa estratégia. A compra totalizou US$ 4,1 milhões (R$ 23,6 milhões), correspondentes a 45,72 bitcoins adquiridos a um preço médio de US$ 90.296.
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Além disso, a companhia criou um “comitê estratégico de Bitcoin”, que tem como objetivo apoiar a análise da viabilidade da ampliação da estratégia, promover a operacionalização das compras e dar apoio na criação de diretrizes e governança para este assunto.
Em uma carta aos acionistas anexada no comunicado público sobre a compra de Bitcoin a Méliuz aponta que vê como mais arriscado manter as reservas em reais do que apostar na maior criptomoeda do mercado, por conta da inflação gradual que atua sobre as moedas fiduciárias.
“Bitcoin pode salvar a humanidade”, diz fundador da Méliuz
Em entrevista ao Portal do Bitcoin, Israel Salmen, fundador e atual presidente do conselho de administração da Méliuz, compartilhou os bastidores dessa decisão e os planos futuros relacionados ao Bitcoin.
Penna afirmou à reportagem que a empresa está ciente da volatilidade do Bitcoin e, embora oscilações possam ocorrer no futuro, sua tese permanece focada no longo prazo. Além disso, por ter investido apenas 10% do caixa na criptomoeda, a empresa pode manter seus ativos parados mesmo em cenários de queda.
“Nós realmente acreditamos que o Bitcoin é uma moeda com futuro global e, por isso, tomamos essa decisão. O preço do Bitcoin pode chegar a US$ 10 mil ou US$ 200 mil, assim como a ação pode subir 20% em um dia, mas isso é irrelevante no curto prazo. O que importa é que acreditamos na tese da moeda e nos seus aspectos econômicos, e estamos posicionados para o futuro”, afirmou.
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