O mercado de criptomoedas segue estendendo as perdas nesta terça-feira (11), com o Ethereum (ETH) se destacando com o pior desempenho do dia entre os 10 maiores ativos do setor.
A queda de 9,2% que o ether enfrenta nas últimas 24 horas fez sua cotação cair abaixo do importante nível de US$ 2 mil, sendo negociado no momento da redação a US$ 1.919. Neste ritmo, a segunda maior criptomoeda do mercado acumula perdas de 27,8% no mês.
O Bitcoin (BTC), embora caia menos que o Ethereum nesta manhã, também está no vermelho, desvalorizando mais 1,1% no dia e recuando para US$ 81.400. Em reais, o BTC é negociado a R$ 480.259, segundo dados do Portal do Bitcoin.
O ativo chegou a cair para US$ 76,7 mil na noite passada, à medida que o mercado reagia às preocupações contínuas com a inflação e uma possível recessão nos EUA, alimentadas pelos comentários do presidente Donald Trump.
Questionado sobre se espera uma recessão ainda este ano, Trump evitou descartar essa possibilidade e demonstrou indiferença em relação aos riscos de isso acontecer. “Eu odeio prever coisas assim”, respondeu ele, acrescentando que haverá um “período de transição” enquanto a economia absorve suas tarifas significativas sobre os vizinhos Canadá e México, além da China.
Além das criptomoedas, o mercado financeiro mais amplo também não está reagindo bem aos recentes desdobramentos da economia americana. O S&P 500 e o Nasdaq também caíram ontem 2,7% e 3,8%, respectivamente.
“O sentimento pessimista agora está em plena força, com o volume de opções de venda sobre ações dos EUA atingindo o nível mais alto desde 2020. Trump, apesar de sua reputação como o ‘presidente do mercado de ações’, sugeriu que uma desaceleração econômica pode ser necessária para ‘consertar’ os EUA”, explicaram os analistas do QCP Capital em nota desta manhã.
“Apesar da turbulência no mercado, nem todos os sinais são pessimistas. Essa onda de aversão ao risco reduziu os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos em cerca de 60 pontos-base e enfraqueceu o dólar — um fator historicamente positivo para ativos de risco denominados em dólar, como ações americanas e criptomoedas”, acrescentaram.
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