Manhã Cripto: Corretora Huobi enfrenta onda de saques em meio a rumores sobre prisões de executivos

Preço do Bitcoin (BTC) estaciona na casa dos US$ 29 mil; Curve Finance já recupera cerca de 73% dos fundos roubados por hacker
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Foto: Shutterstock

As maiores criptomoedas andam de lado nesta segunda-feira (7) em meio a rumores de insolvência da exchange Huobi, enquanto os índices acionários globais vão em direções opostas após dados contraditórios sobre o mercado de trabalho americano e escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia

O Bitcoin (BTC) recua 0,2% nas últimas 24 horas, para US$ 29.012,61, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC perde 0,3%, cotado a R$ 142.358,22, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) também mostra estabilidade, negociado a US$ 1.830,14.  

As altcoins operam em terreno negativo, com destaque para BNB (-1,2%), XRP (-3,2%), Cardano (-1,2%), Solana (-1,1%), Polkadot (-0,6%), Polygon (-0,7%) e Avalanche (-0,0%). Shiba Inu (SHIB) registra queda de 4,9% depois de liderar os ganhos entre as criptomoedas-meme na semana passada. 

Dogecoin (DOGE), conhecida como o “token de estimação” do bilionário Elon Musk, é negociada em baixa de 1,7% nas últimas 24 horas. 

O dono da plataforma ‘X’, novo nome do Twitter, jogou um balde de água fria sobre os que apostam no lançamento de uma criptomoeda ligada à rede social.  

Após o usuário @DogeDesigner — com 240 mil seguidores e várias interações com Musk na rede social — alertar sobre tokens falsos associados à plataforma comprada pelo empresário com a frase: “Elon Musk e ‘X’ nunca lançaram um cripto token”, o também dono da Tesla respondeu no sábado (5): “E nunca iremos” lançar.  

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No entanto, o Decrypt destaca que a declaração não significa a exclusão de recursos cripto em um futuro superaplicativo. 

Musk também chamou a atenção nas redes no fim de semana ao informar que pode precisar de uma cirurgia devido a dores nas costas após uma disputa de sumô, segundo a Bloomberg. O bilionário desafiou Mark Zuckerberg para uma luta com o dono da Meta, que lançou o aplicativo Threads para concorrer com o antigo Twitter. 

Onda de saques na Huobi 

A exchange cripto Huobi está no meio de uma onda de saques que totalizaram US$ 64 milhões no fim de semana, diante de rumores de prisão de vários executivos. O valor total bloqueado (TVL) na corretora caiu para US$ 2,5 bilhões em relação a US$ 3 bilhões há um mês, de acordo com dados da DeFiLlama publicados pelo Decrypt

Adam Cochran – um executivo especializado em fintechs, investidor anjo e renomado analista cripto do Twitter – havia chamado a atenção recentemente sobre a aparente instabilidade financeira de Huobi, que tem Justin Sun, fundador da blockchain Tron, como membro do conselho. Cochran destacou que a Binance, maior exchange cripto do mundo, deu início à onda vendedora que atingiu a Tether (USDT), a maior stablecoin em valor de mercado. 

“Por que a Tether” enfrenta uma onda de vendas?, questionou o analista. Provavelmente devido à insolvência da Huobi”, afirmou, destacando “mudanças estranhas nos balanços da Huobi” ao longo do último mês. 

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De acordo com dados da Nansen.ai, as reservas de stablecoins da Huobi caíram 33% na última semana, com saques de US$ 49 milhões. 

Um porta-voz da Huobi negou ao CoinDesk a prisão de executivos da corretora, apesar de informações da mídia financeira de Hong Kong no fim de semana sobre a possível detenção. 

O jornalista Colin Wu, da Wu Blockchain, também postou que “um grande número de executivos de exchanges de criptomoedas offshore… foram detidos e investigados pela polícia chinesa”, sem dar mais detalhes sobre o nome dos envolvidos. 

Ainda no mercado asiático, a nova exchange OPNX, dos fundadores do hedge fund cripto Three Arrows Capital, que colapsou no ano passado, estaria de olho no controle na corretora Hodlnaut, atualmente sob recuperação judicial em Singapura, disse uma fonte à Bloomberg. 

Bitcoin hoje           

O Bitcoin voltou a ser negociado em uma faixa estreita apesar da volatilidade que marcou o mercado de criptomoedas na semana passada. Enquanto isso, hedge funds cripto fecham diante dos fracos retornos neste ano. 

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“Outra semana de relativa estabilidade para o BTC e ETH é um bom presságio para os ‘bulls’”, disse Joe DiPasquale, CEO da gestora cripto BitBull Capital em nota ao CoinDesk. Apesar do hack da plataforma Curve e maior demanda por altcoins na rede Base, disse o executivo, “o mercado não reagiu com muita severidade e o ETH conseguiu defender os US$ 1.800″. 

De qualquer forma, o Bitcoin vem de oito sessões sem oscilar mais de 1%, o período mais longo com esse padrão desde o começo de janeiro, mostram dados da Bloomberg.  

Mas, se depender das previsões da inteligência artificial, o Bitcoin pode chegar a US$ 100 mil até 2025, destaca o especialista Fabricio Santos em artigo no Portal do Bitcoin

Outros destaques das criptomoedas  

A Curve Finance recuperou cerca de 73% dos fundos roubados durante uma invasão que levou a plataforma a perder mais de US$ 73 milhões em vários tokens, contagiando o ecossistema de finanças descentralizadas, informou o CoinDesk

Na última semana, todos os US$ 22 milhões em Ethereum e derivativos de ETH roubados do protocolo de empréstimo AlchemixFi foram devolvidos. Um bot de negociação retornou 90% em ETH roubado da JPEGd, o hacker ético “c0ffeebabe.eth” devolveu mais de US$ 6 milhões do protocolo sintético Metronome e de um pool de negociação da Curve, enquanto outro hacker ético enviou US$ 13 milhões de volta à Alchemix. 

Enquanto a crise no mercado de tokens não fungíveis afeta o pagamento de royalties de artistas, a Campari lança nesta segunda-feira (7) um aplicativo com a meta de consolidar a marca como uma das preferidas da mixologia, de acordo com a Folha de S. Paulo. O aplicativo, chamado Passaporte The Campari Blockchain, vai reunir serviços e experiências da Campari no Brasil e cursos para os profissionais do setor. 

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A Campari planeja lançar uma coleção de NFTs divididas em três categorias: o Campari Explorer, com foco em pessoas que querem conhecer novos bares, o Learner, voltado para amantes de coquetelaria e inovação, e o Player, para quem prefere de iniciativas tecnológicas.