O CEO da Bybit revelou que a exchange de criptomoedas praticamente encerrou seu déficit de Ethereum (ETH) de US$ 1,4 bilhão, causado pelo maior hack da história das criptos.
O CEO da Bybit, Ben Zhou, reconheceu as descobertas da plataforma de análises on-chain Lookonchain em uma publicação no X, afirmando: “Última atualização: a Bybit já fechou totalmente a lacuna de ETH.”
De acordo com a Lookonchain, a exchange adquiriu um total de 446.870 ETH — avaliados em aproximadamente US$ 1,23 bilhão — por meio de uma combinação de empréstimos, depósitos de grandes investidores e compras diretas, permitindo que a plataforma repusesse quase 88% dos fundos roubados no hack da semana passada.
Mas o movimento não foi suficiente para deixar o mercado otimista. Nesta segunda-feira (24), as principais criptomoedas seguem em queda no acumulado de 24 horas: Bitcoin (BTC) com -0,7% Ethereum (ETH) com -4,8%, XRP com -4,8%, Solana (SOL) com -8,8% e Dogecoin (DOGE) com -6,8%.
Na última sexta-feira, o mercado cripto foi abalado pela notícia de que o grupo de hackers Lazarus, patrocinado pelo Estado norte-coreano, explorou uma vulnerabilidade na carteira fria de Ethereum da Bybit, drenando ETH e stETH no valor de US$ 1,4 bilhão.
Zhou também assegurou aos usuários que um novo relatório de prova de reservas seria lançado em breve, demonstrando que a Bybit restaurou completamente os ativos dos clientes com um lastro de 1:1, utilizando uma árvore de Merkle — uma estrutura de dados empregada por blockchains para armazenar informações de transações.
No domingo, a Lookonchain rastreou uma carteira vinculada à Bybit, identificada como “0x2E45…1b77“, que adquiriu 157.660 ETH por US$ 437 milhões em transações over-the-counter (OTC). A primeira compra foi realizada em 22 de fevereiro.
Os fundos foram obtidos através de múltiplos canais, incluindo compras significativas de empresas de investimento em criptomoedas como Galaxy Digital, FalconX e Wintermute.
A plataforma também destacou o envolvimento de outra carteira, “0xd7CF…A995”, que adquiriu mais 304.000 ETH, contribuindo para os esforços da exchange em fechar o déficit.
Leia Também
Essa carteira realizou transações vinculadas a exchanges centralizadas e descentralizadas, como Binance e MEXC, deixando claro que a Bybit recorreu a negociações OTC e utilizou outros canais de negociação para recuperar os fundos roubados.
O ataque do grupo Lazarus impactou severamente as reservas da exchange, com a Bybit registrando saques massivos que ultrapassaram US$ 5,3 bilhões em um único dia.
A equipe da Bybit agiu rapidamente para tranquilizar o mercado, afirmando que a exchange possuía os fundos necessários para cobrir a perda, já que suas reservas superavam suas obrigações.
Após o ataque, o grupo Lazarus movimentou os fundos roubados através de diversas exchanges descentralizadas e protocolos de privacidade, dificultando o rastreamento dos ativos.
Os fundos roubados foram divididos entre diversos endereços e canalizados por diferentes plataformas para ocultar o rastro.
A empresa de inteligência em blockchain Elliptic rastreou mais de US$ 140 milhões dos fundos roubados à medida que eram convertidos em Bitcoin, complicando ainda mais os esforços de recuperação.
Em suas declarações públicas, a Bybit elogiou os esforços dos parceiros da indústria, incluindo Tether, Circle e THORChain, por sua resposta rápida ao congelar mais de US$ 42,89 milhões dos fundos roubados.
“Respeito às suas equipes pelas respostas oportunas,” publicou a empresa no X no domingo, acrescentando que as firmas “nos ajudaram a monitorar e bloquear os endereços na lista negra.”
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
- Você tem dúvidas de como montar uma carteira estratégica? O MB quer ajudar você com um portfólio pronto, com as principais criptomoedas relacionadas à inteligência artificial. Clique aqui para responder uma pesquisa e ajudar o MB nesta construção.