O Bitcoin (BTC) interrompeu seu movimento de alta nesta sexta-feira, que abre o mês de novembro, registrando uma queda de 3,8% e recuando para US$ 69.581, de acordo o CoinGecko.
Em reais, o Bitcoin também cai 3,1%, mas se mantém acima da faixa de R$ 400 mil rompida pela primeira vez no início da semana, negociado agora a R$ 405.182, segundo dados do Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
O recuo do Bitcoin sinaliza que investidores aproveitaram a alta dos preços para realizar lucros nas suas participações de Bitcoin, à medida que 99,7% das carteiras registravam ganhos.
No mercado de derivativos, os traders otimistas que acreditavam que a criptomoeda subiria ainda mais para ultrapassar seu recorde de preço de US$ 73 mil, foram liquidados em mais de US$ 251 milhões, segundo dados do CoinGlass.
O restante do mercado de criptomoedas acompanha o Bitcoin neste dia de queda, com ativos populares caindo ainda mais que a moeda líder. Entre eles estão Ethereum (ETH), Solana (SOL) e Dogecoin (DOGE), que perdem 4,7%, 4,5% e 7,5% nas últimas 24 horas, respectivamente.
A maior queda registrada no dia entre as 100 principais criptomoedas do mercado fica por conta da Immutable (IMX), que desaba 14,6% para US$ 1,16. A desvalorização tem um motivo específico: os reguladores dos EUA acreditam que a empresa por trás do IMX violou as leis de valores mobiliários ao emitir a criptomoeda.
Conforme reportou o Decrypt, um porta-voz da Immutable disse que a SEC emitiu um aviso de Wells para a empresa no último mês, alertando-os que em breve poderão enfrentar uma ação de fiscalização por supostas violações das leis de valores mobiliários.
Embora a empresa afirme que a SEC não especificou completamente a alegada má conduta, a Immutable acredita que as alegações estão relacionadas às vendas de IMX de 2021, quando a empresa arrecadou pelo menos US$ 12,5 milhões após o token ser lançado na CoinList.
“Apesar de a SEC afirmar indiscriminadamente que tokens em toda a indústria são valores mobiliários, estamos confiantes de que o token IMX não é”, garantiu o porta-voz. “O aviso citou apenas disposições legais e continha poucos detalhes significativos.”
ETFs superam 1 milhão de BTC
Apesar de parte dos investidores de Bitcoin estarem realizando lucros, a semana também foi marcada pela forte entrada de investidores institucionais no mercado, principalmente por meio de ETFs.
Pela primeira vez, o total de Bitcoin detido pelos 12 ETFs à vista negociados nos EUA ultrapassou a marca de 1 milhão de BTC. Esse recorde foi batido na quarta-feira (30), após os ETFs terem captado US$ 893 milhões naquele dia, segundo dados da Farside Investors.
Neste ritmo, os ETFs da criptomoeda se aproximam do balanço de Satoshi Nakamoto, o misterioso criador do Bitcoin que desapareceu da internet em 2011, e possui impressionantes 1,1 milhão de Bitcoin, no valor de US$ 79 bilhões atualmente.
Leia também: Mais um homem alega ser o criador do Bitcoin, Satoshi Nakamoto — será que é verdade?
“Nesse ritmo, eles [ETFS] vão ultrapassar Satoshi em menos de duas semanas”, escreveu Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, no X (antigo Twitter).
A onda de alocações estabeleceu um novo recorde para o ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock. Aproximadamente US$ 872 milhões em Bitcoin foram aportados no produto, marcando a maior captação de sua história e superando o recorde anterior de US$ 849 milhões, registrado em março.
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