Nesta sexta-feira (16), o mercado cripto se recuperou em parte da queda brusca que ocorreu no final da tarde de ontem. O Bitcoin (BTC) e o Ethereum (ETH) estão com 0,0% de movimentação no acumulado de 24 horas, no momento da redação deste texto.
O Bitcoin é cotado em US$ 58.441, porém na precificação em real há uma leve valorização: alta de 0,39% e cotação de R$ 322.965 conforme o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Os dados on-chain mostram o acúmulo de 14 mil bitcoins por parte dos investidores de longo prazo (LTH). Nos ETFs de Bitcoin foi registrada a entrada de 11 milhões de dólares.
O Ethereum é negociado a US$ 2.619. No último dia foram 46 mil ETH colocados em staking. Nos ETFs de Ethereum o balanço é negativo: foram 39 milhões de dólares de saída.
O restante do mercado segue na mesma toada de marasmo: BNB (+0,5%), Solana (+1.3%), XRP (+0,3%), Lido Staked Ether (0,0%), Toncoin (-0,9%), Dogecoin (-1,1%), Cardano (+2,6%), Avalanche (-2,3%) e Shiba Inu (-1%).
Corretoras centralizadas viram alvo
Nesta sexta-feira (16), a empresa de análise de blockchain Chainalysis divulgou um relatório de meio de ano na qual aponta que os criminosos de criptomoedas estão cada vez mais visando as exchanges centralizadas, tendo roubado mais de US$ 1,5 bilhão no primeiro semestre do ano.
Isso marca uma mudança significativa após quatro anos de maior foco em plataformas descentralizadas. O relatório atribui essa mudança à crescente sofisticação dos invasores, que agora estão empregando táticas avançadas de engenharia social.
A Chainalysis destacou que alguns invasores, incluindo aqueles ligados à Coreia do Norte, chegaram ao ponto de se candidatar a empregos de TI em empresas visadas.
Essa estratégia permitiu que eles penetrassem nas exchanges centralizadas, as quais, apesar de suas medidas de segurança mais avançadas e robustas, oferecem maiores potenciais de pagamento.
O relatório verificou um aumento anual de 84% no valor das criptomoedas roubadas, chegando a US$ 1,58 bilhão. No entanto, esse número segue um declínio anual de 50% nas criptomoedas roubadas no mesmo período do ano passado, fazendo com que o aumento atual pareça mais evidente.
Embora o número de incidentes de hacking tenha aumentado apenas ligeiramente, em 2,76%, em relação ao ano anterior, o valor roubado por incidente aumentou drasticamente, 79% em relação ao ano anterior, ressaltando os alvos de maior valor que estão sendo perseguidos pelos criminosos.
O ransomware continua sendo uma ameaça crescente, com a Chainalysis informando que o total de resgates pagos este ano chegou a US$ 459,8 milhões, acima dos US$ 449,1 milhões no mesmo período do ano passado.
O relatório sugere uma possível ligação entre o aumento da atividade de ransomware e o aumento dos fundos roubados, observando que grupos organizados, incluindo aqueles ligados à Coreia do Norte, estão por trás de alguns dos maiores roubos.
Esses grupos usam técnicas sofisticadas de engenharia social para violar empresas cripto e lavar os ativos roubados antes que as autoridades possam intervir.
Apesar do aumento do crime organizado, o relatório também destaca uma tendência positiva no setor cripto.
O crescimento de transações legítimas em blockchains está superando o aumento da atividade ilícita. A Chainalysis relatou um declínio de 19,6% nas transações ilícitas agregadas, de US$ 20,9 bilhões para US$ 16,7 bilhões, à medida que o uso de criptoativos continua a se mover em direção à uma adoção convencional.
“É altamente estimulante ver que a atividade criminosa continua a se tornar uma parcela cada vez menor do ecossistema cripto”, disse Eric Jardine, líder de pesquisa de crimes cibernéticos da Chainalysis. “O crescimento da atividade legítima superando o da atividade ilícita on-chain demonstra a transição contínua das criptomoedas para o mainstream.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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