Manhã cripto: Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) ensaiam recuperação apesar de riscos geopolíticos

Vice-primeiro-ministro da Rússia alertou que os países ocidentais correm o risco de ver o barril de petróleo a US$ 300
Imagem da matéria: Manhã cripto: Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) ensaiam recuperação apesar de riscos geopolíticos

Foto: Shutterstock

O mercado de criptomoedas tenta se recuperar após as perdas dos últimos dias em meio à crescente tensão geopolítica. O Bitcoin (BTC) opera em alta de 1,9% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 38.904, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) sobe 1,8%, cotado a US$ 2.578. 

No Brasil, o Bitcoin avança 1,89%, negociado a R$ 199.553, de acordo com o índice do Portal do Bitcoin.  

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou de seu gabinete pela primeira vez desde o início da guerra e disse que não estava escondido. Em um sinal de desafio a Vladimir Putin e mostrando confiança na defesa da capital Kiev, o presidente ucraniano divulgou um vídeo com imagens de celular mostrando sua exata localização. O governo ucraniano afirma ter derrubado dois aviões russos sobre Kiev, segundo o New York Times

O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, que também comanda a pasta de energia, alertou que os países ocidentais correm o risco de ver o barril de petróleo a US$ 300 e o possível bloqueio do principal gasoduto Rússia-Alemanha se os governos cumprirem as ameaças de banir as importações de petróleo russo, de acordo com a Reuters

A notícia sacudiu os mercados globais, e índices acionários na Europa e Ásia se aproximam de um período baixista, com desvalorização de quase 20% em relação às máximas recentes. 

“As pessoas estão reavaliando qual é o papel das criptomoedas no portfólio, porque certamente têm se comportado mais como ações do que como um hedge contra o risco e inflação. Porque, francamente, se são uma proteção contra a inflação, o desempenho deveria ser melhor”, disse Victoria Greene, sócia-fundadora e diretora de investimentos da G Squared Private Wealth, em entrevista à Bloomberg

A maior criptomoeda do mundo tem sido negociada abaixo de sua média móvel de 200 dias por 70 dias consecutivos, uma das mais longas sequências já registradas, disse à Bloomberg Jake Gordon, analista do Bespoke Investment Group. Para muitos analistas, se o Bitcoin conseguir superar a média móvel de 200 dias – pela primeira vez desde janeiro – isso pode ser um sinal de ganhos futuros. O BTC também é negociado abaixo dos preços médios nos últimos 50 e 100 dias. 

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Outras criptomoedas mostram desempenho misto nesta terça-feira: Binance Coin (+2,7%), XRP (-2%), Cardano (-0,7%), Avalanche (-0,8%), Polkadot (+2,6%), Dogecoin (-0,9%) e Shiba Inu (+1,2%), indica o CoinGecko. 

Outros destaques 

Empréstimos do Santander: O banco espanhol está lançando empréstimos na Argentina garantidos por commodities tokenizadas como soja, milho e trigo, informou o CoinDesk. Durante um período de teste em fevereiro, o Santander concedeu empréstimos a agricultores argentinos em parceria com a Agrotoken, uma plataforma de tokenização de commodities agrícolas com sede em Buenos Aires. Santander e Agrotoken planejam oferecer empréstimos lastreados por tokens no Brasil em junho e, nos EUA, no fim deste ano, disse Ariel Scaliter, cofundador e diretor de tecnologia da Agrotoken.  

Nova aposta da Binance: A exchange anunciou na segunda-feira (7) a criação da Bifinity, uma empresa de pagamentos que irá possibilitar transações de moedas fiduciárias para criptomoedas e criar um sistema simples para que lojistas e prestadores de serviço possam aceitar cripto. O novo serviço terá suporte para mais de 50 criptomoedas e será compatível com os meios de pagamento mais tradicionais do mundo, como Visa e Mastercard. 

Expansão na Europa: A FTX comunicou na segunda-feira (7) sua entrada na Europa por meio da FTX Europe. De acordo com comunicado da exchange de criptomoedas, a nova divisão da FTX já recebeu o sinal verde da CySEC, a comissão de valores mobiliários do Chipre, para oferecer produtos e serviços no continente utilizando a versão europeia de sua plataforma, informou a Exame

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Negociações na Rússia: Investidores russos parecem seguir negociando Bitcoin e outras criptomoedas, mesmo com sanções mais rigorosas. Embora os fluxos totais pareçam relativamente baixos, dados da empresa de análise de blockchain Kaiko publicados pela Bloomberg mostram que o volume de negociação de Bitcoin denominado em rublo subiu no sábado para o nível mais alto este ano. 

Coinbase bloqueia contas russas: A maior exchange dos EUA disse ter bloqueado mais de 25 mil endereços relacionados a entidades ou cidadãos russos que acredita estarem envolvidos em atividades ilícitas. A Coinbase acrescentou que essas contas foram identificadas por meio de suas próprias investigações e que os endereços foram compartilhados com o governo americano. 

Fluxo de fundos: Apesar dos riscos geopolíticos, fundos de investimento em ativos digitais atraíram US$ 127 milhões em dinheiro novo na semana até 4 de março, segundo relatório da gestora de ativos digitais CoinShares. Por região, a América do Norte respondeu por US$ 151 milhões das entradas, enquanto a Europa registrou saídas de US$ 24 milhões. O Bitcoin atraiu US$ 95 milhões na semana passada, o maior fluxo semanal individual desde o começo de dezembro de 2021. 

Regulação e CBDCs 

Real digital: A moeda virtual em estudo pelo Banco Central já atrai participantes com a aposta de ampliar a gama de serviços ao público e descentralizar a vida financeira dos clientes. Em entrevista ao Valor, Ronaldo Faria, diretor executivo da 2TM, que controla o Mercado Bitcoin, disse que transformar o real em uma CBDC (moeda digital do Banco Central, na sigla em inglês) abrirá um mundo de possibilidades fora da infraestrutura dos bancos, já que a moeda poderá ser guardada pelas pessoas diretamente em carteiras digitais, em vez de ficar numa conta corrente dentro de uma instituição bancária. O Mercado Bitcoin é uma das instituições participantes do Lift, laboratório de inovações financeiras e tecnológicas do BC. 

Ordem executiva de Biden: O presidente dos EUA, Joe Biden, deve assinar uma ordem executiva nesta semana para definir a estratégia do governo para criptomoedas, disseram pessoas a par dos planos à Bloomberg. Sob a ordem, agências federais deverão avaliar possíveis mudanças regulatórias, bem como a segurança nacional e o impacto econômico dos ativos digitais, afirmaram as fontes.  

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Legislação na UE: Depois de ter sido adiada devido a críticas ao texto que indicaria uma proibição “de facto” do Bitcoin, a votação do Comitê Monetário do Parlamento da União Europeia da Regulação sobre Mercados de Criptoativos (MiCA, na sigla em inglês) foi marcada para 14 de março. Stefan Berger, parlamentar responsável pelo projeto no Parlamento, disse ao CoinDesk que a linguagem que restringiria o uso de criptomoedas que dependem da chamada prova de trabalho (um protocolo de mineração) foi excluída do projeto MiCA. 

Permuta de criptomoedas: O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou um projeto de decreto legislativo que quer anular os efeitos da Solução de Consulta 214/21 da Receita Federal, segundo a qual a permuta de criptomoedas entre pessoas é fato gerador de Imposto de Renda (IR), apurado na forma da tabela progressiva. O texto está em análise na Câmara dos Deputados. 

Metaverso, Games e NFTs 

NFTs de minorias: Judeus, homens sikhs de turbante e mulheres que usam hijab são os primeiros a explorar extensões digitais de suas identidades por meio dos tokens não fungíveis, destaca o CoinDesk. Em Los Angeles, Doaa Alhawamdeh e Karter Zaher quiseram trazer ao mundo o “primeiro token” para representar os muçulmanos no metaverso. E decidiram que o NFT seria chamado Hijabi Queens e Bearded Kings. 

Farmácias no metaverso:  CVS, maior rede de farmácias dos Estados Unidos, registrou uma patente para realizar a venda de bens de consumo, tais como produtos de higiene pessoal e remédios controlados por receita, e oferecer serviços de nutrição e bem-estar dentro do metaverso, segundo a Exame

L’Oréal de olho no universo virtual: Seguindo os mesmos passos de Nike e McDonald´s, a francesa L’Oréal registrou a patente digital de 16 de suas marcas para entrar no metaverso. O trâmite inclui Kiehl’s, Maybelline, Pureology, Urban Decay e Redken, entre outras marcas, destacou a Forbes