O Bitcoin (BTC) inicia o mês de julho com sua cotação acima de US$ 62 mil, registrando uma alta de 2,2% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. Se em dólar a criptomoeda é negociada a US$ 62.805, em reais o BTC fica por volta de R$ 352.244, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Na noite passada, o ativo chegou a atingir seu preço mais alto em uma semana, perto de US$ 63.700. Seguindo essa tendência, quase todas as principais criptomoedas do mercado estão no verde nesta segunda-feira (1º). No Top 10, Solana é a que mais sobe entre as concorrentes com um ganho de 4,6% no dia, seguida por Ethereum (+2,6%) e Dogecoin (+2,4%).
Historicamente, julho tende a ser um mês positivo para as criptomoedas. “Olhando para a sazonalidade, o Bitcoin tem um retorno médio de 9,6% em julho e tende a se recuperar fortemente, especialmente depois de um junho negativo, onde caiu -9,85%, com muitos sinais apontando para um julho otimista”, disseram analistas da QCP Capital em um comunicado, segundo o The Block.
Essa tendência histórica do Bitcoin também foi destacada pelos analistas da Coinbase na newsletter semanal da última sexta-feira, que afirmava: “A sazonalidade positiva em julho e a melhoria da liquidez podem sustentar o mercado”.
“A configuração atual do mercado parece favorável, já que muito excesso de comprimento foi eliminado após o anúncio do Mt. Gox. Além disso, a liquidez poderia melhorar depois que os volumes médios diários de bitcoin e ether (à vista e futuros) nas bolsas globais diminuíram 16,7% entre maio e junho de US$ 90 bilhões para US$ 75 bilhões”, acrescentaram.
Influência da economia americana
Além da tendência histórica, um possível esfriamento da economia dos Estados Unidos também pode beneficiar o Bitcoin em julho.
Como aponta o Decrypt, o produto interno bruto (PIB) real dos EUA aumentou para uma taxa anual de 1,4% no primeiro trimestre de 2024, o que contrasta fortemente com os resultados do quarto trimestre do ano passado, que mostraram que a atividade econômica dos EUA havia aumentado em 3,4%.
“Essa desaceleração sugere um possível resfriamento econômico”, disse Jag Kooner, chefe de derivativos da Bitfinex, ao Decrypt. “Olhando para julho, os participantes do mercado devem esperar um retorno da volatilidade, pois desenvolvimentos regulatórios adicionais e políticas macroeconômicas desempenharão um papel crucial.”
Nas criptomoedas, isso pode aumentar o interesse pelo Bitcoin e outros ativos digitais como investimentos alternativos, caso os mercados tradicionais mostrem sinais de enfraquecimento.
Uma economia em desaceleração também poderia levar o Federal Reserve dos EUA a começar a reduzir as taxas de juros ainda este ano. Taxas mais baixas poderiam beneficiar ativos de risco, incluindo o Bitcoin.
“Tendências históricas indicam que, durante desacelerações econômicas, os investidores frequentemente recorrem ao Bitcoin como reserva de valor”, lembrou Kooner.
Por outro lado, Pratik Kala, chefe de pesquisa da gestora de fundos cripto DigitalX, permanece cética quanto à chance do Bitcoin engatar uma alta expressiva de preço neste mês. “O Bitcoin está procurando o próximo grande catalisador para uma alta. Não há nenhum no horizonte, mas espera-se que isso mude à medida que nos aproximamos das eleições nos EUA”, disse.
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