Manhã Cripto: Binance lança carteira de autocustódia e banco N26 decide sair do Brasil 

Mercado de criptomoedas ganha fôlego nesta quarta-feira (8), na contramão dos índices acionários, onde investidores aguardam discurso do FED
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mercado de criptomoedas ganha fôlego nesta quarta-feira (8), na contramão dos índices acionários, onde investidores aguardam um discurso do presidente do banco central dos EUA e pistas sobre o rumo da política monetária. 

Bitcoin sobe 2,3% em 24 horas, para US$ 35.410, segundo dados do Coingecko.    

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Em reais, o BTC ganha 1,5%, negociado a R$ 173.297, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) opera estável, cotado a US$ 1.886.  

As principais altcoins são negociadas em terreno positivo, entre elas XRP (+2,6%), Cardano (+3,8%), Solana (+5,7%), Dogecoin (+2,4%), TRON (+1,4%), Toncoin (+10,3%), Polygon (+9,1%), Polkadot (+1,9%), Chainlink (+6,7%) e Shiba Inu (+1,3%). BNB tem leve queda de 0,1%. 

Binance lança carteira de autocustódia 

A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume, lançou uma carteira de autocustódia que funciona dentro de seu aplicativo nativo. 

A empresa fez o anúncio durante a conferência “Binance Blockchain Week” em Istambul. “Milhões de usuários da Binance agora podem explorar e experimentar a web3, sem o risco de perder frases-semente [seed phrases] ou enfrentar processos de integração complicados”, disse a Binance em comunicado

O objetivo da corretora é que seus clientes usem a carteira para “trocar milhares de tokens” em mais de 30 redes, explorar aplicações descentralizadas, transferir fundos entre exchanges e carteiras, além de obter rendimento em ativos digitais, destacou a empresa. 

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Nova plataforma de pagamentos da Ripple 

A empresa de pagamentos cripto Ripple, emissora do token XRP, anunciou duas iniciativas estratégicas nos EUA e na África, segundo o The Block

Com uma nova plataforma de liquidação, batizada de Ripple Payments, a empresa pretende atrair um outro nicho de clientes corporativos nos EUA com suas soluções de pagamentos internacionais. A nova plataforma visa atender clientes corporativos que não possuem licenças próprias de transmissão de dinheiro. 

A Ripple anunciou ainda uma parceria com a fintech africana MFS Africa, agora chamada Onafriq. 

Nos EUA, o principal órgão de fiscalização financeira de proteção aos consumidores propôs regular os pagamentos digitais e serviços de carteira de smartphones de gigantes da tecnologia, como Meta e Apple, dizendo que essas ferramentas rivalizam com os métodos de pagamento tradicionais em escala e escopo, mas carecem de proteção ao consumidor, reportou a Reuters

N26 encerra operações no Brasil 

O banco digital alemão N26 vai encerrar as operações no Brasil para concentrar a estratégia na Europa e reduzir as perdas, informou o Financial Times

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O plano prevê a saída do país nos próximos dois meses, após a fracassada tentativa de desbancar o líder Nubank, de acordo com a reportagem. 

O N26 pretende se concentrar agora na Europa continental, incluindo Alemanha, França, Itália e Espanha. O banco já havia saído do Reino Unido e dos EUA. 

Em janeiro, a fintech anunciou uma expansão das negociações de criptomoedas para clientes da Suíça e Alemanha, além da Áustria, com planos de incluir Bélgica, Portugal e Irlanda, conforme a Reuters

Outra empresa com intenção de crescer na Europa é a plataforma de negociação Robinhood, embora a receita com trading de criptomoedas tenha encolhido 55% no terceiro trimestre. 

Outros destaques das criptomoedas 

A Circle, emissora da stablecoin USDC, estuda uma oferta pública inicial em 2024, disseram fontes à Bloomberg. Embora não esteja claro o valor buscado pela Circle em um possível IPO, a empresa foi avaliada em US$ 9 bilhões quando tentou abrir o capital sob o chamado “acordo de cheque em branco” em 2022, de acordo com a reportagem. “Tornar-se uma empresa listada nos EUA faz parte das aspirações estratégicas da Circle há muito tempo. Não comentamos rumores”, disse um representante da companhia em comunicado. 

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No campo da regulação, o vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, disse que as stablecoins poderiam abalar o sistema financeiro dos EUA se não houver controle. 

Quem diz ter assumido as rédeas na supervisão da indústria de criptoativos no mercado americano é a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC), que abriu 47 ações contra empresas do setor no ano fiscal de 2023, o que representa mais de 49% do total de processos.  

Também atento ao espaço de ativos digitais, Michael Hsu, chefe interino do Gabinete do Controlador da Moeda dos EUA, afirmou na terça-feira (7) que vê potencial na tokenização, mas que o restante da indústria “está repleto de fraudes, golpes e hacks”. Outra autoridade que demonstrou preocupação é Wally Adeyemodo, vice-secretário do Tesouro dos EUA, que pediu ajuda ao Congresso para combater atividades ilícitas com criptomoedas. 

A Coatue Management, gestora de investimentos com foco em tecnologia, reduziu o valor de sua participação no OpenSea em quase 90%, de acordo com documentos revisados pelo The Information. Antes em US$ 120 milhões, a fatia da gestora no marketplace de tokens não fungíveis (NFTs), que recentemente demitiu 50% da equipe, foi avaliada em US$ 13 milhões no segundo trimestre de 2023.  

Com a mudança, o “valuation” do OpenSea seria de cerca de US$ 1,4 bilhão em comparação aos US$ 13,3 bilhões durante uma captação de fundos pela plataforma em 2022. A Coatue também rebaixou o valor de sua participação na empresa de infraestrutura web3 MoonPay em 90%.