Maior empresa de petróleo do mundo contradiz brasileiro e nega que vá minerar Bitcoin

Informação dita por Ray Nasser chegou até mesmo à revista Fortune
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Foto: Shutterstock


A Saudi Aramco, maior companhia de petróleo do mundo, foi obrigada a emitir uma nota nesta segunda-feira (2) negando que pretende entrar no mercado de mineração de Bitcoin (BTC) após a repercussão internacional de uma afirmação de um brasileiro.

A confusão começou após Ray Nasser, chefe de mineração da Wise & Trust e especialista em criptomoedas da Inversa Publicações, dizer que está em negociação com a empresa saudita em entrevista concedida ao canal do youtube Bitconheiros.

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“A Aramco, uma das maiores empresas do mundo, vai minerar Bitcoin. Estamos negociando com a empresa. Todo líquido preto (petróleo) que sai do deserto é dessa empresa. O flare gas que eles não estão usando – isso é informação pública e eu posso falar é o suficiente para ‘power up’ metade da rede inteira do BTC hoje”, disse.

Flare gas é o nome do subproduto gerado durante a produção de petróleo.

“A Aramco precisa queimar esse flared gas. Ela precisa sumir que esse gás que é um subproduto da mineração de petróleo deles, eles precisam. E se achar um jeito de ganhar dinheiro enquanto faz isso?”, completou.

Informações falsas, segundo a Aramco

Na nota, a empresa saudita classificou as informações de Nasser como “falsas e imprecisas”, embora não tenha citado o brasileiro:

“Com referência a matérias recentes afirmando que a empresa irá embarcar em atividades de mineração de Bitcoin, a Aramco confirma que essas alegações são completamente falsas e imprecisas”, disse o comunicado.

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Um dia antes da nota da Aramco, o brasileiro voltou atrás no comentário e disse em seu perfil Twitter que “não há conversas oficiais formais entre a Arthur Mining/Wise & Trust e a Aramco no momento”.

Questionado pelo Portal do Bitcoin sobre o que o levou a fazer tal comentário, Nasser não respondeu até a publicação desta reportagem.

A fala dele e a resposta da Saudi Aramco ganharam destaque nos veículos internacionais. De sites de prestígio como a Fortune a publicações específicas sobre o mercado de petróleo, a polêmica se espalhou em diversos veículos jornalísticos.

Veja o vídeo:

China e a mineração - Convidado especial Ray Nasser