Lei das criptomoedas faz comando da maior corretora da Índia se mudar para Dubai, diz revista

Segundo publicação, cúpula dos executivos da corretora WazirX já deixou o país juntamente com as famílias
Uma pessoa segura uma moeda de bitcoin na frente de uma calculadora com o termo taxa

(Foto: Shutterstock)

A WazirX, maior corretora de criptomoedas da Índia, já pode estar sendo comandada a partir de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, se forem confirmadas informações de que seus principais diretores abandonaram o país por conta da recente ‘lei das criptomoedas’.

Em uma reportagem sobre o assunto publicada nesta semana, a revista Forbes India afirmou que os cofundadores da WazirX Nischal Shetty e Siddharth Menon teriam se mudado com suas famílias para a cidade árabe.

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Segundo a publicação, o também cofundador Sameer Mhatre, que atua como diretor de Tecnologia, vai continuar liderando a exchange na Índia.

A reforma tributária da Índia, aprovada no mês passado, determinou a cobrança de 30% sobre ganhos de capital com bitcoin e demais criptomoedas a partir do dia 1º de abril.

A conta da WazirX no Twitter afirmou que, apesar de ter escritórios em duas cidades indianas, suas operações podem ser feitas de qualquer lugar do mundo. Embora tenha afirmado que o quartel-general segue em Mumbai, na Índia, ela não negou a informação sobre a mudança de endereço dos executivos na cúpula da empresa para Dubai.

“Somos uma organização que trabalha remotamente em mais de 70 localidades, provendo aos funcionários trabalharem com conforto e conveniência, a menos que precisem viajar oficialmente. A WazirX possui escritórios em Mumbai e Bangalore (Na Índia) e não muda nada nos nossos procedimentos operacionais. É normal”, diz o tuíte.

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Imposto sobre criptomoedas da Índia

A WazirX foi fundada em 2017 e passou a ser apoiada pela Binance em 2019, uma das maiores empresas cripto do mundo. Quando veio a imposição do imposto de 30%, a maioria das corretoras da Índia presenciou uma violenta redução nos volumes de negociação. Na WazirX, por exemplo, o volume caiu mais de 70%.

A proposta de cobrar o imposto partiu da ministra das Finanças Nirmala Sitharaman. Os membros da oposição reagiram fortemente ao projeto de lei, chamando a atenção para a falta de clareza no texto, com vários parlamentares alegando que impostos sobre criptomoedas podem acabar com o setor.

Players do setor cripto até tentaram persuadir os legisladores a abrandar a taxa do imposto participando de reuniões com as bancadas e publicando vários artigos sobre o tema. No entanto, as ações foram em vão.