Jogadores do Palmeiras perdem R$ 11 milhões em golpe com criptomoedas e vão à Justiça

Willian “Bigode”, do Fluminense, é sócio-fundador da empresa acusada de dar calote em Mayke e Gustavo Scarpa; ele também se diz vítima
Camisa verde com logotipo do Palmeiras e oito estrelas

Foto: Shutterstock

O jogador Mayke, que atua na lateral direita do Palmeiras, e o ex-meia do clube, Gustavo Scarpa, se somam agora às milhares vítimas de empresas que prometem altos rendimentos em criptomoedas, mas que são golpe.

Segundo informações do site ESPN nesta sexta-feira (10), os dois atletas procuraram a Justiça de São Paulo para tentar reaver cerca de R$ 11 milhões em investimentos feitos no ano passado em uma corretora chamada WLJC Gestão Financeira.

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O caso também chama a atenção por outra informação: um dos proprietários da WLJC também é um jogador de futebol brasileiro. De acordo com a ESPN, trata-se do atacante Willian ‘Bigode’, que atualmente veste a camisa do tricolor carioca, o Fluminense Football Club.

Conforme a publicação, Willian já teria prestado depoimento à polícia e informado que também era vítima, pois teria perdido cerca de R$ 16 milhões no negócio.

A corretora prometia retornos de 3,5% a 5% ao mês em investimentos usando criptomoedas. No entanto, quando os clientes tentaram resgatar seus fundos, não tiveram sucesso. Os atletas agora estão processando tanto a WLJC quanto outras partes envolvidas, onde pedem o ressarcimento dos valores que, segundo os autos, deveriam ter sido acertados entre agosto e outubro de 2022.

Processos estão na Justiça de São Paulo

Conforme detalhou a reportagem, que teve acesso aos processos, Scarpa pede na justiça a devolução de R$ 6,3 milhões enquanto Mayke requer R$ 4,5 milhões. Os processos, que correm respectivamente na 10ª e na 14ª Vara Cível de São Paulo, são contra três empresas: WLJC; Xland; e Soluções Tecnologia Eireli. As queixas vão desde o não cumprimento dos pagamentos a falta de informações.

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A defesa dos jogadores pede o bloqueio de valores nas contas bancárias e nas contas de corretoras de criptomoedas das empresas citadas, bem como o arresto de bens e imóveis “passíveis de penhora”, a fim de “resguardar o integral cumprimento dos valores devidos”, descreve a publicação.

A ESPN ainda apurou que Scarpa e Mayke não foram os únicos atletas prejudicados pelo golpe e que outros jogadores também se encontram no prejuízo, mas ainda não decidiram entrar na justiça.