As autoridades israelenses prenderam um homem de 27 anos de Tel Aviv sob acusações de espionagem, após ele supostamente realizar tarefas de inteligência para agentes iranianos em troca de pagamentos em criptomoedas.
O suspeito teria realizado várias missões, incluindo fotografar locais sensíveis e pichar grafites com motivações políticas, anunciaram a Agência de Segurança de Israel (Shin Bet) e a Polícia do Distrito de Tel Aviv em um comunicado conjunto divulgado a diversos meios de comunicação locais na segunda-feira (23).
As organizações por trás das atividades de espionagem “entram em contato por meio de plataformas de rede social”, disseram as agências, instando cidadãos e residentes de Israel “a não interagir com atores estrangeiros ou realizar quaisquer missões em seu nome”, conforme o site local Arutz Sheva.
As prisões ocorrem em um momento em que os ciberataques ligados ao conflito Israel–Irã se intensificaram, causando incertezas nos mercados de criptomoedas.
Na semana passada, um grupo de hackers pró-Israel assumiu a responsabilidade por uma exploração que drenou cerca de US$ 90 milhões em criptomoedas da exchange iraniana Nobitex, citando laços entre a plataforma e os serviços de inteligência iranianos.
Os mercados de criptomoedas se acalmaram na segunda-feira, após o presidente Trump afirmar que um cessar-fogo mediado pelo Catar estava sendo discutido.
No momento da redação, Israel mantinha avisos para que os cidadãos buscassem abrigo, alegando que uma terceira barragem de mísseis iranianos estava a caminho, segundo uma atualização da Associated Press.
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Pago em criptomoedas
Na operação de domingo, as autoridades apreenderam computadores e dispositivos de armazenamento digital suspeitos de estarem vinculados e usados para comunicação com manipuladores iranianos que trabalhavam com Or Beilin, um residente de Tel Aviv.
Após sua prisão, Beilin foi levado ao Tribunal de Magistrados de Tel Aviv, que decidiu prorrogar sua detenção até 26 de junho, aguardando investigação.
Beilin se junta a outros dois já sob custódia da polícia israelense, incluindo Dmitri Cohen, de 28 anos, de Haifa.
Cohen foi preso no mês passado sob suspeita de coletar informações sobre Amit Yardeni, que estava prestes a se casar com Avner Netanyahu, filho do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, de acordo com o Times of Israel.
Cohen teria recebido a promessa de US$ 500 por cada tarefa e recebido milhares em criptomoedas desde que começou a trabalhar com agentes iranianos. Outro indivíduo foi preso na região de Sharon, embora o suspeito de 19 anos não tenha sido nomeado em relatos locais.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.