A megainvestidora Cathie Wood está atacando novamente. Umas das mais populares financistas globais – ela tem 1,5 milhões de seguidores no Twitter – lançou uma série de novas aplicações essas semana, aumentando as apostas em criptomoedas de sua gestora, a Ark Invest.
Dois novos fundos focados em cripto da Ark já levantaram mais de US$ 16 milhões (R$ 80 milhões) do dia 1º de março até esta quinta-feira (16). As informações estão em formulários públicos da Comissão de Valores Mobiliários local (SEC, a CVM dos dos EUA, responsável por supervisionar o mercado americano), conforme aponta reportagem do CoinDesk.
Mais especificamente, o ARK Crypto Revolutions levantou US$7.281.630 de nove investidores e o ARK Crypto Revolutions Cayman obteve $8.993.330 vindos de apenas uma fonte. Ao contrário de muitos fundos da firma de Cathie Wood, esses dois não estão abertos para investimentos de todos os investidores, e sim focados em algumas classes específicas.
Além dos novos fundos, ela também comprou mais de 350 mil cotas de ações da Coinbase para distribuir entre dois ETFs que administra. Só nesse movimento, gastou US$ 20,6 milhões.
Wood adquiriu ainda 122.547 ações da Block, empresa de pagamentos digitais de Jack Dorsey, fundador do Twitter. O criador da rede social é um enorme entusiasta do Bitcoin e sua companhia atual, além de ter BTC como grande parte de suas reservas, tem projetos que envolvem blockchain e uso de criptomoedas. As informações são do portal The Block.
Cathie Wood é um dos grandes nomes do mercado de investimentos no cenário global. A executiva ficou “pop” após seu fundo dar 150% de retorno aos investidores em 2020 e obter uma média de retorno anual de 45% nos últimos cinco anos.
Bitcoin chegará em um milhão, afirma Wood
Em fevereiro desse ano, Cathie Wood voltou a afirmar que o preço do Bitcoin deverá chegar a US$ 1 milhão até 2030. A análise foi feita no relatório Big Ideas Research.
No capítulo destinado exclusivamente à maior criptomoeda, a empresa afirma que a oportunidade de longo prazo do Bitcoin está se fortalecendo.
“Apesar de um ano turbulento, o Bitcoin não perdeu o ritmo. O contágio causado por contrapartes centralizadas elevou as propostas de valor do Bitcoin: descentralização, auditabilidade e transparência. O preço de um BTC pode ultrapassar US$ 1 milhão na próxima década”, aponta o relatório.
A fundadora da Ark Invest e “postar” global do mercado de investimentos já havia dito em entrevista para a a Bloomberg em 2021 que acreditava que o Bitcoin chegaria a US$ 500 mil por unidade até 2026. Mais tarde, aumentou a aposta, dizendo que ele iria para US$ 1 milhão até 2030.
Wood foi questionada se ainda mantinha a previsão mesmo com o inverno cripto, aprofundado pelo colapso da FTX. “Sim. As vezes você precisa de testes de batalha para ver quem são os sobreviventes. Mas nós achamos que Bitcoin está saindo dessa [série de eventos] cheiroso como uma rosa”.
A investidora ainda explicou por que acha que as pessoas ainda devem acreditar no ecossistema: “A infraestrutura do Bitcoin e Ethereum não mudou um centímetro desde que essa crise começou. Na verdade, o hashrate do Bitcoin atingiu uma alta histórica e isso realmente mostra a segurança dessa rede”.
Na entrevista, Wood afirma que a quebra da FTX não pode ser comparada com o colapso do Lehman Brothers, que foi o estopim para a crise financeira mundial de 2008. “O Lehman tinha US$ 1,2 trilhão em débitos de clientes e a FTX tem algo perto de US$ 10 bilhões. Então estou colocando tudo em perspectiva”, aponta.
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