Homem que teve 1700 bitcoins apreendidos em 2014 cumpre pena sem revelar senha

Ao ser preso, a criptomoeda valia cerca de R$ 2 mil; hoje, vale mais de R$ 200 mil
Imagem da matéria: Homem que teve 1700 bitcoins apreendidos em 2014 cumpre pena sem revelar senha

Foto: Shutterstock

A Procuradoria alemã confiscou cerca de 1800 bitcoin (BTC) de um homem condenado por fraude, mas não foi capaz acessar às criptomoedas, de acordo com uma reportagem da Reuters.

O fraudador, cuja identidade não foi revelada, foi sentenciado em 2014 e já cumpriu a sua pena na cidade de Kempten, na região da Bavária. Os policiais bávaros tentaram acessar a carteira por diversas vezes, mas a maior parte do dinheiro continua intacta.

Publicidade

Durante o tempo em que o homem esteve preso, ele não revelou a senha da sua carteira de criptomoedas. Inicialmente, o criminoso possuía 1,8 mil BTC (R$ 373 milhões). De acordo com o portal local Saechsische, as autoridades conseguiram confiscar e leiloar 86 BTC, que equivaliam a US$ 500 mil, na época Enquanto isso, os 1.714 BTC restantes, que equivalem aa R$ 355 milhões, continuam intactos.

“Nós perguntamos a ele, mas ele não disse. Talvez ele não saiba”, afirmou o procurador Sebastian Murer à Reuters nesta sexta-feira (5). Por outro lado, o jornal da Bavária diz que as autoridades garantiram que conseguiram travar qualquer tipo de acesso à carteira — embora não haja informações sobre como fizeram isso.

Bitcoin valorizou 100 vezes desde o confisco

O criminoso passou dois anos preso por utilizar computadores de terceiros para minerar bitcoin. À época, a criptomoeda valia muito menos do que hoje. Entre 2013 e 2014, o ativo digital passou por uma valorização e alcançou US$ 940, que equivaliam a R$ 2,1 mil. Agora, o Bitcoin está cotado em R$ 206 mil, de acordo com o índice do preço do Bitcoin no Brasil (IPB).

O caso dos BTC “perdidos” levanta a discussão sobre a dificuldade da justiça acessar criptoativos oriundos de ações criminosas. Atualmente, não é possível acessar uma carteira de bitcoin sem ter a seed e, sem ela, a Justiça não consegue se apropriar de criptomoedas confiscadas.