Uma parte de uma herança de quase R$ 2 bilhões — considerada uma das maiores do país em litígio — será adiantada por meio de um processo de tokenização de ativos de crédito pela gestora especializada em precatórios Jequitibá, segundo informações do jornal Valor Econômico.
O nome do herdeiro e da família não foram divulgados por questão de confidencialidade, mas se sabe que entre as reivindicações do herdeiro está o reconhecimento da paternidade do falecido.
Segundo a publicação, o herdeiro pretende embolsar inicialmente R$ 100 milhões para não ter preocupações com o processo na Justiça, que é demorado. Porém, no adiantamento, a Jequitibá espera tokenizar R$ 15 milhões por um prazo de 18 meses para se adequar às orientações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para plataformas de “crowdfunding”.
Cada cota deve sair a R$ 50 mil, com previsão de rendimento anual de CDI+30%, o que equivale a 41,75% atualmente. A oferta deve ir a público entre 45 e 60 dias, diz o Valor.
Tokenização
A tokenização é um processo em que um bem é reproduzido de forma digital por meio de um token e registrado em blockchain, podendo ser fragmentado em frações menores. Esse tokens preservam valores, características e possíveis benefícios do bem que ele representa.
Um dos sócios da Jequitibá, Fulvio Rebouças, disse ao Valor que a gestora chegou a oferecer o crédito a um banco de investimento, que preferiu ficar de fora porque se viu “conflitado” com outros negócios envolvendo a família, enquanto outros dois fundos pediram um desconto considerado excessivo.
A Jequitibá foi criada em 2021 e atua como fornecedora de ativos judiciais para bancos, family offices e gestores no país. No ano passado, ela realizou o adiantamento de R$ 130 milhões em ativos.
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