O hashrate do Ethereum bateu o nível mais alto da história na quarta-feira (25) ao ultrapassar a marca de 600 terahashes por segundo, de acordo com dados do The Block. O antigo recorde, de 597 TH/s, havia sido registrado em meados de maio.
A taxa de hashrate representa a quantidade de poder computacional emprestado à blockchain do Ethereum para validar as transações. Quanto maior o número, mais segura, descentralizada e rápida a rede se torna. Só em 2021, o crescimento foi de 115%.
O novo recorde reflete um movimento generalizado de recuperação do mercado após os momentos de correção vistos nos meses anteriores. O bitcoin, por exemplo, viu triplicar o seu poder de mineração em apenas dois meses — diferente do ETH, o BTC ainda não foi capaz de ultrapassar as máximas de abril.
O que ajuda o poder computacional a crescer no caso do Ethereum é a grande agitação que está sendo vista na rede nos últimos dias, causada por um hype renovado em torno dos tokens não fungíveis (NFT).
O OpenSea, um dos principais mercados de NFT do setor, alcançou um novo recorde na segunda-feira (23) ao registrar um volume diário de US$ 194 milhões, segundo o Dune Analytics. A Visa ajudou a impulsionar as movimentações naquele dia após comprar um NFT do CryptoPunk por R$ 900 mil.
Mineradores de Ethereum
O novo nível histórico do hashrate do Ethereum comprova que os mineradores seguem confiantes no lucro da atividade apesar de um temor inicial de queda da receita causada pelo hard fork London.
A melhoria EIP-1559 introduzida na rede no início do mês fez com que todo ether usado para custear transações fosse queimado em vez de ir para os mineradores, como era feito até então.
Mesmo perdendo essa fonte de receita, a mineração de ETH continua lucrativa. Segundo dados do The Block, na semana passada os mineradores foram capazes de faturar US$ 65 milhões em um único dia, a maior receita diária vista desde maio.