O Mercado Bitcoin (MB), a maior plataforma de ativos digitais da América Latina, lança suas expectativas para o evento considerado o mais aguardado por investidores e entusiastas sobre a primeira e mais relevante criptomoeda do mundo: o 4º halving do Bitcoin. Análises de ciclos anteriores e projeções para o evento que acontece daqui a aproximadamente 90 dias são alguns dos tópicos abordados para entender o possível impacto do evento.
O halving, que em tradução literal significa “reduzir pela metade”, é o corte nas emissões dos mineradores do Bitcoin, o que diminui a oferta.
Essa redução tem um efeito prático, de maneira fundamentalista, tendo como perspectiva a relevância da mineração: no primeiro halving, em 2012, era possível identificar um vendedor compulsório, com custos de maquinário e energia. Dessa maneira, o mercado cripto ainda não era tão desenvolvido, quanto é atualmente, e esses mineradores expressavam uma forte influência no meio.
Quando a recompensa aos mineradores é reduzida à metade, o fluxo do Bitcoin diminui proporcionalmente, o que permite que o mercado experimente maior concorrência.
Dessa maneira, nos dois últimos halvings (2016 e 2020, respectivamente), os mineradores tiveram menor impacto: de acordo com dados do MB Research, do volume total negociado de bitcoin nestes anos, menos de 2% eram extraídos do processo de mineração. De 2020 a 2024, essa relevância se reduz a menos de 0,5%. Assim, a expectativa para o evento se dá por meio quase que exclusivamente de narrativa.
O halving, além da projeção de valorização do Bitcoin, permite a criação e desenvolvimento de soluções para o mercado. Tudo isso porque, ainda que o foco esteja na criptomoeda mencionada, muitos produtos acabam entrando no portfólio dos investidores por meio dessa busca por inovação e tecnologia, que se dá no processo.
Para além, a espera pelo evento favorece um ambiente de curiosidade e atenção do investidor físico e, também, do institucional.
“É como se o halving fosse uma campanha publicitária de forte escalabilidade e alto impacto, que acontece a cada quatro anos: o mundo inteiro está presente e olhando para isso. Essa expectativa que é criada aumenta muito a força exposição da moeda”, destaca André Franco, head de Research do MB.
Ao analisar ciclos passados, neste período de 90 dias pré-halving e o momento de pico pós-halving, é possível identificar um salto nos investimentos. De acordo com informações do MB Research, em 2012, o Bitcoin era avaliado em US$ 12,25, e chegou a atingir US$ 1.132,00 no pico do ciclo; em 2016, o valor da moeda, antecipadamente ao evento, era de US$ 455,18 e, após, US$ 19.188. Por fim, em 2020, o Bitcoin representava US$ 8.755 e, no momento de pico pós-halving, alcançou o marco de US$ 69.000.
Entretanto, não é possível estimar o quanto o ativo irá se valorizar este ano. Isso porque, segundo André Franco, as expectativas caminham de acordo com as análises de períodos passados, mas as porcentagens de subida do ativo são voláteis. A projeção mais razoável é que o ano de 2024 deve se caracterizar como um momento positivo para o mercado cripto, ao passo que 2025 possui perspectivas ainda mais animadoras para o investidor de longo prazo.
Aos que desejam iniciar a jornada de investimentos ou aumentar a exposição ao risco por ativos, o cenário não se constitui de maneira favorável apenas para a criptomoeda principal. A indicação do MB Research é que o foco esteja, também, em Ethereum e altcoins, que costumam acompanhar a possível valorização do Bitcoin.
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