Hackers invadem sistema de prefeitura e exigem R$ 1 milhão em criptomoedas

O ataque ransomware atingiu a prefeitura de Dores do Rio Preto (ES) e causou atraso no pagamento de salários
Tela de computador que mostra moeda de bitcoin em meio a traços matrix

Shutterstock

A prefeitura de Dores do Rio Preto, no Espírito Santo, sofreu um ataque hacker em que os criminosos pediram um resgate em criptomoedas no equivalente a R$ 1 milhão para liberarem o acesso ao sistema bloqueado.

Trata-se de um ransomware, ataque de “sequestro” de dados que criptografa todo sistema alvo. Para liberar o sistema, os invasores fazem uma série de extorsões, exigindo pagamentos, geralmente em criptomoedas como Bitcoin, como condição para devolver o acesso.

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Segundo informações do portal G1, o ataque ocorreu na madrugada do dia 26 de outubro, mas o anúncio só foi feito na última quarta-feira (8) pelo prefeito Cleudenir José de Carvalho Neto. A administração registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil.

De acordo com o secretário de Administração e Finanças do município, Jorge Luiz Nacari, os servidores chegaram para trabalhar e encontraram as máquinas bloqueadas, com um pedido de resgate no valor de seis criptomoedas em troca da liberação, o que equivale a um pouco mais de R$ 1 milhão.

No anúncio não foi especificado qual a criptomoeda, mas pelo valor total deve se tratar do Bitcoin (BTC), que hoje está em torno de R$ 180 mil a unidade.

O secretário Nacari disse que não foi feito nenhum pagamento para os criminosos porque a prefeitura tinha todas as informações armazenadas na nuvem. “Temos uma empresa que é contratada só para fazer esse backup diariamente. Então, esses dados estão seguros”, explicou ele ao G1, complementando que até quinta 80% dos dados já haviam sido transferidos para as máquinas da prefeitura.

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O ataque acabou atrasando o pagamento dos servidores da prefeitura porque os dados dessas pessoas ficaram bloqueados. Segundo o secretário, o pagamento dos salários já foi feito na quinta-feira (9).

Nas redes sociais, o prefeito disse que a prefeitura estava “tendo alguns problemas de parte técnica com a invasão do provedor”, ressaltando que não era um problema financeiro da prefeitura, mas algo técnico.