Grupo que controla rede Pão de Açúcar e Extra cria criptomoeda lastreada em euro

Projeto tem o banco francês Société Générale
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Foto: Shutterstock

O Grupo Casino, gigante varejista francês que no Brasil controla as redes de supermercados como Pão de Açúcar e Extra, pode adotar em suas milhares de lojas uma stablecoin batizada como Lugh ($ EUR-L), lastreada em euros, lançada recentemente pela startup de mesmo nome. 

A informação foi publicada em primeira mão pelo jornalista Gregory Raymond no Twitter na quarta-feira (17) e confirmada no dia seguinte em um comunicado à imprensa.

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Segundo a publicação, já foram emitidas 500.000 $EURL, portando € 500 mil, no blockchain da Tezos (XTZ). A oferta inicialmente está sendo feita por um dos primeiros parceiros do projeto, a exchange local Coinhouse. A auditoria mensal da conta onde serão mantidos os euros da $ EUR-L, no banco francês Société Générale, ficará por conta da big four PwC para França.

Com a adoção, as milhares de lojas do Grupo Casino espalhadas pelo mundo poderão tanto receber compras em stablecoins quanto trocar os pontos de fidelidade pelo criptoativo.

“Dentro de 12 a 24 meses, o Lugh se tornará um meio de pagamento e fidelização nas lojas. Substituirá os pontos de fidelidade e poderemos gastá-los em todas as marcas que optaram por ingressar no consórcio”, escreveu Raymond.

Ainda segundo a publicação, participaram do projeto as empresas locais, Cdiscount, Franprix, Leader Price, Naturalia e Monoprix.

https://twitter.com/gregory_raymond/status/1372224822055464966

Contudo, de acordo com o comunicado da Coinhouse, inicialmente, “o primeiro ativo digital francês apoiado pelo Euro” será reservado apenas para os utilizadores da plataforma, enquanto a Lugh aguarda validação do regulador local.

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“Para facilitar as transações de criptoativos de investidores de varejo ou profissionais que buscam se proteger do risco associado à volatilidade desses mercados”, diz a nota.

Apesar da exchange afirmar que possui autorização para operar na França, ela ainda precisa de uma autorização como emissor de dinheiro eletrônico da Autoridade de Mercados Financeiros (AMF), regulador do mercado francês.

A Lugh ressaltou ainda a base tecnológica da SCEME do projeto, a infraestrutura de transmissão da Nomadic Labs, especialista francês do blockchain da Tezos, e a importância do Grupo Casino que viu no projeto uma forma de desenvolver a longo prazo meios de pagamento e fidelização.