A empresa sul-coreana HYBE, famosa por gerenciar os negócios do grupo de k-pop BTS, anunciou que irá entrar no mercado de NFTs. Os tokens serão comercializados por meio de uma parceria com a Dunamu, decacórnio dono da exchange Upbit.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira (4) durante uma live no YouTube pelo executivo chefe da companhia Bang Si-Hyuk. Segundo o empresário, os primeiros tokens devem ser fotos de grupos como BTS, TXT e Enhypen.
“A HYBE e a Dunamu planejam desenvolver um negócio de NFT por meio de uma joint venture, que irá permitir, por meio do endereço de IP, que os conteúdos e produtos virem ativos digitais para os fãs”, disse Bang em coreano, com legendas em inglês.
Segundo o executivo, as empresas estão trabalhando juntas para “expandir a experiência do fã de forma segura, permitindo que possuam essas fotos, mas ao mesmo tempo a mostrem para a comunidade de fãs em uma plataforma como o WEVERSE”.
O CEO da Dunamu, Song Chi-Hyung, também participou da live e disse que os produtos e conteúdos da HYBE estão em um estágio maduro o suficiente para serem transformados em ativos digitais.
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Polêmica ambiental
O termômetro do Twitter mostra que a novidade não foi bem recebida pela comunidade de fãs do BTS. A principal queixa é a questão ambiental.
Para ser gerado, o NFT precisa, em média, de ainda mais gasto de energia elétrica do que uma criptomoeda. O gasto em si tem muitas variáveis: em qual blockchain é feito, qual a fonte de energia usada pelos mineradores, se o sistema adota o método ‘proof of work” ou “proof of stake”.
A questão é que em setembro o grupo BTS participou de um evento das Nações Unidas (ONU) que apresentou Objetivos Sustentáveis para o mundo. O movimento fez o grupo e seus milhões de fãs colocarem a agenda ambiental como prioritária.
Para se ter uma ideia do engajamento: a legião de fãs do BTS, que se autodenomina “ARMY”, plantou duzentas árvores no centro de Seul para celebrar o aniversário de um dos membros do grupo.
Abaixo alguns tuítes em inglês questionando a iniciativa da HYBE: