O Google, maior motor de busca da internet, também proibiu aplicativos de mineração de criptomoedas no Google Play, de acordo com uma recente alteração nos termos da Central de políticas do desenvolvedor. A Apple já havia proibido esses tipos de apps no mês passado.
“Não são permitidos aplicativos que mineram criptomoeda nos dispositivos. Permitimos apps que gerenciam remotamente a mineração de criptomoeda”, afirma a Central na categoria de ‘Instrumentos financeiros’.
A proibição acontece num período em que ambas empresas estão promovendo ações em desfavor à atividade de mineração e também a anúncios de ofertas de startups oriundas do mercado criptoeconômico.
No início de abril, o Google proibiu a publicação de novos aplicativos relacionados à mineração de criptomoedas na loja do Google Chrome e adiantou que neste mês de julho tudo seria revisto e que extensões e aplicativos que permitissem a atividade também seriam banidos.
Na ocasião, o gerente de produto da plataforma de extensões do Google, James Wagner, disse que a empresa se preocupava muito em manter um ambiente saudável, aberto e flexível, por isso aplicativos que, após revisão não cumprissem a política da empresa, seriam proibidos.
Apple também proibiu
No mês passado, a Apple fez uma atualização nas diretrizes de uso dos aplicativos iOS e Mac na Apple Store e também proibiu a atividade de mineração de criptomoedas em iPhones e iPads.
A empresa também informou que outras funções, como gerenciar e comercializar criptoativos ainda serão permitidas, mas que as carteiras de criptomoedas devem ter boas procedências.
“Os aplicativos não podem ser usados para mineração de criptomoedas, salvo se o processamento for executado fora do dispositivo”, diz o texto.
Mineração oculta ainda é preocupação
Cibercriminosos muitas vezes conseguem inserir malwares em computadores no intuito de usar o poder de processamento do equipamento alheio para minerar criptomoedas.
A Kaspersky Lab, empresa russa de segurança cibernética, disse em um relatório no mês passado que esses incidentes aumentaram 44,5% em relação ao ano passado, notou a Coindesk.
Até mesmo gigantes da tecnologia como a Microsoft e a Tesla tiveram suas plataformas infectadas com malwares focados em criptomoedas.
No ano passado, a gigante russa de oleoduto, ‘Transneft’, teve muito trabalho para destruir um malware que minerava a criptomoeda Monero (XRM) clandestinamente no sistema da empresa.
Hackers inovam constantemente
O Portal do Bitcoin mostrou no início do mês que Hackers estão monitorando endereços de carteiras de criptomoedas por meio do malware ‘Clipboard Hijackers’ (sequestradores de área de transferência), ou simplesmente um tipo de ‘cavalo de troia’.
Os invasores consideram que a maioria dos usuários copia e cola endereços para enviar criptomoedas, e eles viram nessa simples operação uma forma de manipular a área de transferência dos computadores e aplicativos inserindo suas carteiras.
Mineração ‘consentida’
O The Pirate Bay um dos maiores sites públicos de torrent está utilizando o poder de processamento dos seus usuários para minerar a criptomoeda Monero (XMR) e gerar receita adicional, mas há um aviso assim que o site é acessado.
“Ao entrar no TPB você concorda que o XMR seja minerado usando sua CPU. Se você não concorda, por favor saia agora ou instale um adBlocker”
No ano passado, o site utilizou uma ferramenta chamada Coinhive. Ela permitia aos desenvolvedores incluir um script simples na CPU do usuário e executar a mineração.
Após muita polêmica e reclamações dos usuários, a empresa encerrou aquele processo e notificou que foi apenas uma experiência.
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