*O texto e o título foram atualizados após a publicação.
O Google pediu ao Banco Central para poder operar no Brasil com contas de pagamento pré-pagas, popularmente chamadas de débito. A autorização está pendente, conforme a lista de pedidos para arranjos de pagamentos divulgada pelo BC na segunda-feira (11).
No total, 17 solicitações para arranjos de pagamentos de empresas diversas foram atendidas e 12 empresas estão com solicitações em andamento. Entre elas, a Google Pagamentos do Brasil Ltda.
A modalidade solicitada pela gigante de tecnologia é a de conta digital pré-paga para fins domésticos — um dos arranjos de pagamentos mais simples.
Esse é o modelo usado pelas empresas que emitem cartões de vale-refeição e cartões pré-pagos em Reais, nas quais os recursos são depositados previamente. A Nuconta, do Nubank, por exemplo, também se enquadra nessa categoria.
Atualmente os pagamentos do Google no Brasil para youtubers, por exemplo, são feitos por transferência internacional para um banco local, o que incide em um custo para quem está recebendo o dinheiro. Além disso, é o banco quem define a taxa de câmbio, o que também pode prejudicar quem o fornecedor dos serviços.
Procurado pela reportagem, o Google se manifestou via assessoria de imprensa: “Como o pedido ainda se encontra em análise, não temos nada a comentar no momento”.
Google e serviços financeiros
Apesar da negativa do Google em falar sobre a movimentação no Brasil, um olhar para o exterior pode dar pistas das pretensões da empresa com esse serviço.
Assim como o Google, outras grandes empresas de tecnologia têm se interessado cada vez mais em investir em serviços financeiros mundo afora.
Em novembro de 2019, o Wall Street Journal noticiou que o próprio Google planejava oferecer contas correntes aos consumidores dos Estados Unidos ainda em 2020. Dessa forma, tornava-se o mais recente peso pesado do Vale do Silício a investir no setor bancário.
Em abril de 2019, a Apple lançou um serviço para as finanças pessoais em parceria com Goldman e Mastercard. O Facebook, por sua vez, conta desde o fim do ano passado com um sistema de pagamento para ser usado no Messenger, Instagram e WhatsApp.
- Leia também: Banco Central do Brasil arquivou 61 pedidos de autorização para Instituição de Pagamento
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