Imagem da matéria: Github vai enterrar código do bitcoin nas montanhas do Ártico para preservá-lo para o futuro
Reprodução/Github

A 250 metros de profundidade em uma mina de carvão abandonada nas montanhas geladas de Svalbard, na Noruega. É lá que estarão enterrados nos próximos 1.000 anos vários códigos abertos de tecnologias, inclusive do Bitcoin Core.

O projeto é obra da Github, plataforma de desenvolvimento de software da Microsoft. O motivo, proteger uma parte importante da história tecnológica através do programa de arquivamento chamado Arctic Vault.

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Segundo um porta-voz do Github, a equipe está preparando os dados. O ‘enterro’ está planejado para o final do mês, diz o artigo do Coindesk.

Os códigos do Ethereum, Dogecoin e da rede Lightning Network também estarão lá para serem apreciadas no futuro distante.

Bitcoin para ao futuro

É também nas montanhas geladas da Noruega que está armazenada uma grande variedade de sementes para serem usadas em caso de uma catástrofe global.

Para manter os códigos, foi reservado um container de aço. É nele que estão sendo colocados os materias em um compartimento preparado para manter os arquivos intactos por pelo menos 1.000 anos, diz a reportagem.

De acordo com Wladimir van der Laan, um dos principais desenvolvedores do Bitcoin Core, a ação é importante para a história, mas não há garantia de que os arquivos vão se manter intactos.

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“Eu acho que é provável que, em algum momento no futuro, o registro eletrônico seja perdido. É tudo muito frágil”, disse. No entanto, ele acredita que isso pode evitar que fique um buraco na história.

Caso o desafio ao tempo dure por um milênio, as pessoas do futuro vão saber o que foram e como evoluíram as criptomoedas, diz o Coindesk.

“Faz sentido preservar essa fascinante fase da história para os estudos futuros”, comentou na reportagem, Bryan Bishop, também colaborador do Bitcoin Core.

Bitcoin daqui mil anos

Estima-se que o último Bitcoin será minerado no ano de 2140 aproximadamente. Até lá vão e passar apenas cento e poucos anos. E daqui a 1.000 anos, como os cientistas vão abordar a tecnologia?

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Para Van der Laan, partindo da perspectiva de um engenheiro de software, o código do bitcoin pode não fazer muito sentido daqui a centenas de anos.

“Como desenvolvedor, eu vejo os cientistas do futuro explorando os códigos para poderem entender a nossa atual tecnologia, o que seria bastante válido”, comentou.

Considerando que junto aos códigos também estará um compilado de como era a economia em nossa época, o pesquisador Jason Teutsch acredita que decifrá-los não será o maior desafio.

Para ele, os registros sociais, econômicos, regulatórios e acadêmicos que descrevem motivações e recursos para o desenvolvimento dos códigos podem ser mais relevantes do que se aprofundar na tecnologia.


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