Gigante do mercado de critptomoedas encolhe no Brasil, mas busca expansão na Argentina

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(Foto: Shutterstock)

Depois de ter chegado ao Brasil e não obter o sucesso esperado, a exchange de criptomoedas chinesa Huobi visa agora expandir seus negócios na Argentina.

Segundo informações da PRNewsWire, Leon Li, fundador e Ceo da companhia, se reuniu na última semana com uma delegação de autoridades financeiras argentinas que estava em visita oficial à China.

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Felix Martin Soto, vice-ministro das Finanças e Javier Matias Mana, diretor-geral da Agência Bilateral de Finanças Externas conversaram com Li sobre o papel que a blockchain poderia desempenhar no desenvolvimento econômico da Argentina.

Nisso, foi discutido também a possibilidade da terceira maior bolsa de criptomoedas do mundo ganhar o mercado argentino e se expandir no país. Essa era a expectativa também no Brasil, mas o que ocorreu foi que a empresa seis meses depois teve de demitir 60% de seus funcionários.

Há um grande interesse da Argentina em participar da indústria de criptomoeda e blockchain e isso é relatado pelo próprio vice-ministro das Finanças que lidera as relações financeiras internacionais da Argentina. Soto disse que isso pode atrair investidores para o mercado argentino.

“Gostaríamos de aprender como participar da indústria de criptomoeda e blockchain de Huobi. Através da tokenização na plataforma de Huobi, por exemplo, os abundantes recursos agrícolas, minerais e energéticos da Argentina poderiam ser bem financiados por investidores globais”, afirma.

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Inclusão financeira na Argentina

A tecnologia blockchain é vista pelo vice-ministro das Finanças como uma forma de promover a inclusão financeira e reduzir os custos do governo. Ele relata que cinquenta por cento da população argentina sequer possui conta em banco e que ainda há uma evasão de capitais.

“Atualmente, metade da nossa população não tem contas bancárias. Eles praticam principalmente transações em dinheiro e convertem suas economias em dólares americanos”, disse.

Soto afirma que, nesse ponto, conta com a ajuda da Huobi para “reduzir nossa demanda por dólares, o que eventualmente contribuiria para estabilizar o mercado local e atrair investimentos globais”.

Ele espera que a “Argentina possa acelerar seu ritmo para a era dos ativos digitais “.

Li não escondeu sua animação após a reunião com o vice-ministro das Finanças da Argentina, afirmando que pretende “explorar com ele as vantagens da companhia em relação às tecnologias e aplicações blockchain”.

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“Esperamos fortalecer ainda mais nossa cooperação com o Ministério da Fazenda da Argentina para alcançar um desenvolvimento vantajoso para ambos.”

Huobi no Brasil

Antes dessa gigante chinesa do mercado de cripto estar de olho na Argentina, ela já havia chegado a Brasil. Em maio de 2018, conforme foi noticiado no Portal do Bitcoin, a Huobi já havia montado um escritório na capital paulista e, ao menos por enquanto, está situado no co-working We Work.

O fato é que após seis meses, a Huobi Brasil teve de demitir 60% dos seus funcionários. Na época, o Ceo da empresa no Brasil, Frank Tao, não quis comentar sobre os números.

A franquia brasileira da Huobi tinha dez funcionários e teve de desligar seis deles. Havia a expectativa do mercado de que a chegada da exchange chinesa fosse representar um novo desafio às corretoras nacionais de criptomoedas, dada sua grande liquidez.

Algo que também deve ser considerado é que o mercado brasileiro naquele período em que antecedeu as demissões não estava tão bom. Pairava uma onda de demissões entre as maiores corretoras nacionais, inclusive.

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Negócio da China

Por outro lado, a Huobi tem se mostrado bem em seu país de origem. A empresa fechou no final do último ano um acordo com o governo chinês, criando um comitê do Partido Comunista da China por meio da sua subsidiária ‘Beijing Lianhuo Information Service’.

Ela, com isso, passou a ser a primeira do setor de blockchain a criar vínculo com o Partido que governa a China desde 1948. Agora a empresa vai ter colaboradores ligados ao governo e, portanto, vai receber alguns benefícios como já ocorreu com o maior portal de serviços de internet da China, a Tencent, e a gigante chinesa Alibaba Group.


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