GAS Consultoria: operadoras do esquema são presas e mulher do Faraó do Bitcoin quer aguardar julgamento nos EUA

Duas mulheres acusadas de operar pagamentos na GAS Consultoria são presas e Mirelis Zerpa diz sofrer ameaças de brasileiros
Imagem da matéria: GAS Consultoria: operadoras do esquema são presas e mulher do Faraó do Bitcoin quer aguardar julgamento nos EUA

Foto: Shutterstock

Na manhã de quarta-feira (31), foram presas mais duas pessoas acusadas de fazerem parte da GAS Consultoria, apontada pelo Ministério Público como uma pirâmide financeira de proporções bilionárias.

Conforme reportagem do G1, uma operação conjunta com a Interpol prendeu na República Dominicana os brasileiros Vicente Gadelha Rocha Neto, João Marcus Pinheiro Dumas, Andrimar Morayma Rivero Vergel (mulher de Vicente) e Larissa Viviana Ferreira Dumas (mulher de João).

Publicidade

A reportagem informa que Vicente e João já foram liberados, pois seus pedidos de prisão haviam sido suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça e a Interpol não tinha sido atualizada da situação.

Já Andrimar e Larissa devem ser extraditadas para responder as ações penais no Brasil. Segundo a Polícia Federal, ambas eram operadoras do esquema e organizavam a parte administrativa da empresa, inclusive sendo responsável pelos pagamentos. Agora, respondem por crimes contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa.

Mirelis pede para ficar nos EUA

Além da prisão das acusadas na República Dominicana, o caso GAS Consultoria teve um novo desdobramento com Mirelis Zerpa. A esposa de Glaidson Acácio dos Santos, que está na condição de foragida da Justiça, pediu para cumprir as medidas cautelares nos Estados Unidos. As informações são do jornal O Globo.

Mirelis, que é venezuelana, pediu para a Justiça Federal do Brasil para aguardar o julgamento nos EUA, onde entregaria o passaporte e ficaria sem sair de casa entre 16h e 6h.

Publicidade

Segunda os advogados de Mirelis, ela estaria sofrendo ameaças e correria perigo caso voltasse ao Brasil.

“Outro ponto que reforça a necessidade do afastamento da requerente do Brasil, são as constantes ameaças que vem recebendo, ameaças à sua integridade física, a de sua família e ainda ofensas de cunho pejorativo, ofensivo e discriminatório, vindas de cidadãos no Brasil”, afirma os advogados, segundo documento obtido pelo jornal.

Além disso, os advogados afirmam que Mirelis foi para os Estados Unidos dia 30 de junho do ano passado, dois meses antes da operação da Polícia Federal contra a GAS Consultoria ter sido deflagrada. Por isso, alegam, não ocorreu uma fuga.