Fundos de criptomoedas têm entradas recordes e atingem US$ 29 bilhões no ano

O Brasil viu um fluxo negativo semanal, mas positivo no mensal, com US$ 201 milhões no acumulado do ano
moedas de Bitcoin, Solana e Ethereum emparelhadas - ao fundo gráfico de mercado

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Produtos de investimento baseadas em criptomoedas já atingiram neste ano entradas recordes de US$ 29,2 bilhões, segundo relatório da CoinShares publicado nesta segunda-feira (4). Com o recorte dos dados apenas do Brasil, o país viu um fluxo negativo semanal, mas positivo no mensal, com US$ 201 milhões no acumulado do ano.

(Fonte: Coinshares)

Na semana passada, os fundos cripto globais de grandes gestores como BlackRock, Bitwise, Fidelity, Grayscale, ProShares e 21Shares registraram entradas líquidas de US$ 2,18 bilhões, diz o levantamento. No Brasil, registros do último dia 2 de novembro mostram uma saída semanal de US$ 500 mil e entrada mensal de US$ 200 mil.

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(Fonte: Coinshares)

“Acreditamos que a euforia em torno da perspectiva de uma vitória republicana foi a provável razão para essas entradas, pois foram nos primeiros dias da semana passada, conforme as pesquisas mudaram, vimos pequenas saídas na sexta-feira, destacando o quão sensível o Bitcoin é para as eleições dos EUA no momento”, disse o chefe de pesquisa da CoinShares, James Butterfill.

Ele observou que, combinados com a valorização do preço nos últimos meses, os fluxos levaram o total de ativos sob gestão nos fundos para mais de US$ 100 bilhões pela segunda vez, igualando o pico de US$ 102 bilhões de junho. Conforme explicou, os volumes de negociação semanais também aumentaram 67% para US$ 19,2 bilhões, respondendo por 35% da negociação de BTC em exchanges confiáveis.

Acerca de produtos baseados em Ethereum, Butterfill avalia que os registros de entradas líquidas de US$ 9,5 milhões continuam em forte contraste com produtos Bitcoin e Solana, que viram mais US$ 5,7 milhões em entradas na semana passada. Ele também destacou o desempenho de produtos Polkadot (US$ 670 mil) e Arbitrum (US$ 200 mil), dentre as altcoins.

(Fonte: Coinshares)

Preço do Bitcoin

O preço do Bitcoin subiu mais de 30% entre o início de setembro — quando esteve na casa dos US$ 53 mil —  e este início de tarde de segunda-feira, quando é negociado em US$ 68.375. No entanto, a maior criptomoeda do mercado chegou a ser negociada em US$ 73.500 no dia 29 de outubro.

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Conforme lembra um artigo do The Block sobre o tema, a queda de 7% no período pode ter sido influenciada pela convergência entre Donald Trump e Kamala Harris na corrida presidencial dos EUA, na plataforma de previsões descentralizada Polymarket.

Também nesta segunda-feira, analistas da Bernstein reiteraram que esperam que o Bitcoin quebre máximas históricas de preço e alcance até US$ 90 mil em caso de vitória de Trump — considerando um periodo  de preparação para o dia da posse em 20 de janeiro.

No entanto, descreve o The Block, os analistas alertaram que uma vitória de Harris pode fazer o Bitcoin cair para US$ 50 mil no mesmo período antes de qualquer recuperação.

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