Fundos de criptomoedas captam R$ 18 bilhões em outubro, mas Brasil perde R$ 80 milhões

Por outro lado, os fundos brasileiros registram um saldo positivo robusto desde 1º de janeiro, com entradas de US$ 200 milhões
criptomoedas bitcoin ethereum e solana

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Faltando apenas três dias para o final do mês, os resultados de outubro dos fundos com exposição a criptomoedas são amplamente positivos: a balança é de US$ 3,3 bilhões (R$ 18,8 bilhões). Porém, o Brasil vai na direção contrária, e viu nos 28 primeiros dias de outubro uma saída de US$ 14,2 milhões (R$ 80,8 milhões) dos produtos cripto. Os dados são dos relatórios semanais da CoinShares.

Na verdade, o desempenho negativo do Brasil é visto também em vários outros países analisados: Canadá, Hong Kong, Alemanha e Suécia registraram mais saídas que entradas ao longo do mês.

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Austrália e Suíça ficaram no positivo, mas o grande peso sempre vem dos Estados Unidos. A maior economia do mundo registrou balanço positivo de US$ 3,3 bilhões — ou seja, quase todo o resultado positivo geral é impulsionado pelo desempenho norte-americano, enquanto as entradas e saídas dos demais países e regiões se equilibram em um zero a zero.

Considerando apenas o Brasil, o resultado da última semana também foi negativo, com saídas de US$ 3,6 milhões. No entanto, ao analisar o período de 1º de janeiro até agora, os fundos brasileiros apresentam um saldo positivo expressivo, com entradas de US$ 200 milhões — ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Suíça e Hong Kong, e à frente de Canadá, Alemanha e Suécia.

Quando se passa a olhar para o recorte do tipo de criptomoeda nas quais os fundos são focados, os dados mostram que o momento do Ethereum (ETH) é ruim. Os produtos financeiros de Ethereum registraram saídas de US$ 34,7 milhões na semana e no mês (até dia 28) o resultado era um déficit de US$ 12,2 milhões. Já no ano, o balanço é positivo: US$ 748 milhões de entradas.

O peso, é claro, está todo nos fundos de Bitcoin (BTC), que tem resultados positivos em todas as faixas de tempo analisadas. Entradas de US$ 920 milhões na semana, US$ 3,2 bilhões no mês (até o dia 28) e US$ 25,4 bilhões de 1º de janeiro até agora.

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A semana registrou perdas nos fundos que apostavam na queda do Bitcoin (US$ 1,3 milhão) e Cardano (ADA) (US$ 100 mil). No ano, os únicos fundos que registram prejuízo até agora são os focados na Binance Coin (BNB), com US$ 2 milhões de saídas.

Por fim, analisando as empresas donas dos fundos, a dinâmica está cristalizada: o iShares da BlackRock teve US$ 1,1 bilhão de entradas na semana e se consolida no topo, com US$ 25,2 bilhões de superávit no ano até o o momento.

Na Grayscale a sangria continua, com US$ 62 milhões de saídas na semana. No ano, o produto da empresa viu um êxodo de US$ 19 bilhões: após os ETFs de Bitcojn à vista terem sido aprovados, ficou mais barato para os investidores buscarem produtos com taxas menores.

Na semana, os produtos da maioria das outras empresas tiveram desempenhos irrelevantes perto da BlackRock: a Fidelity viu entradas de US$ US$ 72 milhões e a 21 Shares de US$ 7 milhões.

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Relevante é o resultado negativo da Ark Invest: US$ 206 milhões de saídas em uma semana. No ano, o produto da empresa ainda registra balanço positivo, com US$ 2,6 bilhões.

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