Fundos brasileiros expostos a criptomoedas sangram R$ 800 milhões em maio

Aplicações sentiram o efeito da China e do CEO da Tesla, Elon Muk
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O patrimônio líquido (PL) dos fundos brasileiros expostos a criptomoedas recuou 18% em maio na comparação com abril, segundo informações coletadas pela reportagem no site de dados do mercado financeiro Mais Retorno. O PL é a soma de todos os títulos menos as obrigações.

Em números absolutos, o montante caiu de R$ 4,3 bilhões para R$ 3,5 bilhões no período, totalizando perdas de R$ 800 milhões. Foram levados em consideração os dados de 19 fundos listados na plataforma.

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“Foi um dos meses mais nervosos que tivemos desde o lançamento do fundo há quase três anos e meio atrás”, escreveu a gestora brasileira BLP Asset, pioneira no Brasil no mercado de fundos expostos a criptomoedas, em relatório publicado em seu site.

De acordo com a empresa, essas aplicações financeiras, assim como todo o mercado envolvido com criptomoedas, foram afetadas no mês passado pelos anúncios do governo da China e pelos comentários do CEO da Tesla, Elon Musk.

Em resumo, a China aumentou a repressão à mineração e reiterou que empresas de pagamentos estão proibidas de oferecerem serviços relacionados ao setor. Já Musk anunciou que sua montadora de carros não aceitará mais bitcoin.

Em alta

Apesar da redução do patrimônio líquido e das perdas mensais, no ano e no acumulado de 12 meses os fundos estão no azul.

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O Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index FIM IE, fundo para investidores qualificados da gestora Hashdex, está com alta de 46% no ano e de 343% entre maio de 2020 e de 2021.

No país, fundos com exposição a bitcoin e altcoins precisam de autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As gestoras BLP Asset, Hashdex, QR Capital, Vitreo e Vortex têm produtos aprovados pelo regulador.