A maior criptomoeda do mercado, o bitcoin, também foi assunto na live sobre economia promovida pelo Valor Investe na tarde da quarta-feira (05), onde a equipe do site conversou com André Jakurski, sócio-fundador da gestora de ativos carioca JGP Asset Management. Durante a entrevista, o empresário revelou sua visão sobre as criptomoedas comprando-as inclusive com outros ativos, como ouro, prata e até mesmo “cartas de Pokémon”.
O evento discorreu sobre o tema ‘O futuro do dinheiro: uma visão sobre economia e mercados após a pandemia’. Nele, Jakurski disse que as criptomoedas, como o bitcoin por exemplo, só não entram no rol de ativos da JPG por conta de um padrão conservador de seus gestores.
Ele explicou: “Nossos administradores são muito conservadores. Eles não permitem que nós operemos essa classe de ativos nos nossos fundos — e provavelmente nem a CVM”.
Bitcoin e “cartas de Pokémon”
Jakurski foi um dos fundadores do banco Pactual e é considerado um dos maiores traders brasileiro. Ele entende que um criptoativo é um ativo com outro qualquer que você possa operar, porém sem rendimento, como ouro e prata, artes e selos. Recentemente, disse, seu filho lhe contou que suas cartas de Pokémon (série de videogame) estavam valendo US$ 300 mil.
“Agora o mercado está superaquecido de cartas de Pokémon”, disse Jakurski ao repetir as palavras do filho. Para descontrair, o empresário sinalizou: “Se você for um trader de carta de pokémon pode até ganhar dinheiro”.
Seu discurso sobre criptomoedas, contudo, já é conhecido. Em janeiro, por exemplo, quando a CEO da casa de análise Spiti, Luciana Seabra, pediu sua opinião sobre o bitcoin durante uma entrevista, Jakurski respondeu:
“É a mesma opinião que eu tenho de um quadro de Picasso, um quadro do Rembrandt… Pode subir como pode cair porque na verdade não tem valor intrínseco… Vai ser na lei de oferta e procura”.