Fundador da Tether e ex-ator mirim, Brock Pierce sofre para tornar Porto Rico um polo cripto

Pierce tem com objetivo criar a “Puertopia”, um lugar com alta concentração de startups de criptomoedas e tecnologia
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Brock Pierce no filme em que faz o papel de filho do presidente dos EUA (Foto: Divulgação)

Um dos fundadores da Tether, o empresário Brock Pierce foi o objeto de um perfil do jornal The New York Times que mostra como a sua presença em Porto Rico é controversa. O empreendedor vem há alguns anos tentando transformar a região em um grande polo cripto. 

Pierce, que já era famoso por sua exitosa carreira como ator mirim (“Nós Somos os Campeões” e “Enlouquecendo Meu Guarda-costas”, são seus longas mais conhecidos), fez uma fortuna estimada em US$ 700 milhões a US$ 1 bilhão ao investir em uma série de projetos cripto. O empresário se mudou para Porto Rico em 2017, prometendo uma revolução no cenário financeiro local, e desde então vem acumulando polêmicas. 

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O ex-ator escolheu Porto Rico pelo fato de o território ter instituído em 2012 uma uma política de isenção fiscal que permite o não pagamento sobre ganhos de capital para residentes. Pierce chegou a começou a convencer seus pares a também se mudarem: o objetivo era criar a “Puertopia”, um lugar com alta concentração de startups de criptomoedas e tecnologia. 

A reportagem aponta que “a visão de Pierce de uma reviravolta econômica alimentada por criptomoedas ainda não se concretizou” e que muitos de “seus parceiros de negócios se voltaram contra ele”. 

O caso do W Hotel em Vieques, que ele perdeu em uma disputa legal, é emblemático do que o jornal descreve como uma série de empreendimentos fracassados. O hotel, que deveria simbolizar a revitalização econômica, permanece fechado, ilustrando o descompasso entre as promessas de Pierce e a realidade.

Além dos problemas com o W Hotel, outros projetos de Pierce também não decolaram. Muitos porto-riquenhos que inicialmente trabalharam com ele agora o acusam de não honrar compromissos financeiros, deixando uma trilha de dívidas e processos judiciais. 

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O perfil do NY Times também destaca a crescente insatisfação local com a presença de Pierce e outros empresários do ramo cripto. O aumento do custo de vida e a gentrificação são problemas que muitos habitantes de Porto Rico atribuem diretamente à chegada desses investidores.

Para muitos porto-riquenhos, Pierce se tornou o símbolo de uma nova forma de colonialismo, onde os benefícios econômicos não se materializam para a população local, mas sim para os poucos que se aproveitam das isenções fiscais.

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