O espólio da FTX concordou em retirar o processo contra a Bybit, seus executivos e o braço de investimentos Mirana, após as corretoras firmarem um acordo de US$ 228 milhões (R$ 1,3 bilhão) — valor que pode ser usado para reembolsar credores nos próximos meses.
O acordo permitirá que a massa falida da FTX recupere US$ 175 milhões em criptomoedas mantidas em contas da Bybit e venda ao braço de investimentos da Bybit, Mirana, mais de 105 milhões de tokens BIT, avaliados em cerca de US$ 52,7 milhões.
“Nos últimos meses, as partes se envolveram em longas negociações de boa-fé sobre essas reivindicações e, finalmente, chegaram a um acordo global refletido no Acordo de Liquidação”, diz o processo, segundo levantamento do The Block. “Por meio do Acordo de Liquidação, os Devedores recuperarão substancialmente tudo o que buscam recuperar.”
Além disso, diz a publicação, os réus que transferiram seus fundos da FTX antes da falência ainda poderão reivindicar 75% do saldo total em suas contas na data da petição.
O espólio da FTX processou a Bybit em novembro passado, alegando que ela usou seu acesso VIP à FTX para sacar centenas de milhões em dinheiro e ativos digitais na véspera do colapso, em 2022, restringindo depois o espólio de sacar ativos, o que foi visto como ativos “reféns”.
A FTX, liderada pelo especialista em falências John J. Ray III, anunciou no início deste mês que mais de 94% de seus credores votaram a favor do plano de reorganização da empresa.
No início deste mês, um tribunal de falências dos EUA aprovou o plano de reorganização da FTX para pagar seus credores. O plano aprovado propõe pagar 98% dos credores em pelo menos 118% do valor de sua reivindicação em dinheiro.
Após um colapso no final de 2022, prisões e condenações de seus responsáveis, incluindo seu criador, Sam Bankman-Fried, a FTX está prestes a dar início ao reembolso de US$ 16 bilhões seus credores.
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