A FTX irá começar nesta terça-feira (18) a pagar parte dos clientes lesados pela grande quebra de 2022. Conforme a documentação divulgada pela empresa no processo de falência, os primeiros a receber serão os credores da Classe Conveniência, ou seja, aqueles que têm reivindicações de até US$ 50 mil.
Os credores desta primeira leva irão receber pagamento integral dos valores devidos, acrescidos de juros de 9% ao ano. As estimativas é que os reembolsos destes primeiros clientes irão somar US$ 1,2 bilhão — a quebra da FTX gerou prejuízos que chegaram a um total de US$ 9 bilhões.
Mais cedo nesta terça-feira (18), a massa falida da corretora movimentou um Bitcoin, em um teste que muitos na comunidade especulam se tratar de uma última checagem antes de começar os pagamentos.
A informação de que os pagamentos irão começar nesta terça-feira (18) foi confirmada duas semanas atrás no X por um dos clientes que faz parte do comitê que representa os consumidores da FTX no processo de falência.
Existe uma expectativa no mercado de que boa parte deste US$ 1,2 bilhão que entrarão em circulação sejam reinvestidos pelos clientes em criptomoedas. Porém, não se sabe se o impacto será tão relevante a ponto de mexer no cenário mais amplo do setor.
“Muito pouco para mover a agulha”, avaliou Markus Thielen, fundador da firma de análises 10x Research, em um nota aos clientes disparada na segunda-feira (17), conforme registrou o portal CoinDesk.
Falência da FTX
A exchange de criptomoedas FTX entrou com pedido de proteção contra falência, Capítulo 11, em 11 de novembro de 2022. As falências da empresa ocorreram em Delaware, onde a FTX Trading está sediada, e nas Bahamas, sede da FTX Digital Markets.
A FTX entrou em colapso em novembro de 2022 quando os clientes, motivados pela preocupação com sua estabilidade financeira, sacaram ativos mais rápido do que a empresa conseguia atender às suas solicitações.
Foi revelado então que o então CEO Sam Bankman-Fried havia usado ilegalmente depósitos de clientes na FTX para encobrir bilhões de dólares em perdas na empresa irmã Alameda Research. Por conta dessa e outras infrações, Bankman-Fried foi condenado em março de 2024 a 25 anos de prisão.
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