Fórum Econômico Mundial apaga conexão com FTX após ruína da corretora

Corretora de criptomoedas criada por Sam Bankman-Fried figurava como parceira da entidade internacional
Nome da FTX escrito com giz em lousa ofuscado por um grande xiz

Foto: Shutterstock

O Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) excluiu o nome da falida corretora de criptomoedas FTX de seu site. Antes, do caos no mercado cripto, a empresa aparecia como uma das centenas de parceiras da entidade.

Conforme mostram informações resgatadas pela reportagem através da ferramenta Wayback Machine, o WEF apresentava a FTX assim:

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“FTX é uma exchange de criptomoedas construída por traders, para traders. A FTX oferece produtos inovadores, incluindo derivativos, opções, produtos de volatilidade e tokens alavancados. Ele se esforça para desenvolver uma plataforma robusta o suficiente para empresas comerciais profissionais e intuitiva o suficiente para usuários iniciantes”.

Em seguida, a entidade indicava o link para o acesso à corretora.

Descrição do WEF sobre a FTX (Reprodução)

A FTX não aparece mais nas empresas descritas na letra F do grupo de parceiros

Relação de empresas parceiras do WEF com nome começado pela letra F (Reprodução)

O Fórum Econômico Mundial é uma organização internacional com sede na Suíça, que realiza anualmente encontros com várias entidades de países desenvolvidos e emite relatórios para o setor econômico.

Falência da FTX

No último fim de semana, o criador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), falou com a imprensa, mas se recusou a entrar em detalhes sobre o uso de dinheiro de clientes para cobrir buracos de liquidez. No entanto, ele reconheceu ter errado na leitura da situação.

O empresário, a FTX e o CEO da Binance, Changpeng Zhao, o ‘CZ’, foram os protagonistas da turbulência do mercado cripto na semana passada. Enquanto a corretora quebrava, SBF se desculpava. CZ arriscou a compra da empresa, mas desistiu.

SBF também foi interrogado pela polícia e pelas autoridades reguladoras do setor financeiro das Bahamas um dia após o pedido de recuperação judicial nos EUA e nas Bahamas, onde fica a sede da empresa. Aliás, lá, a Corte das Bahamas já nomeou sócios da PricewaterhouseCoopers (PwC) como liquidantes provisórios para supervisionar os ativos da corretora.