Foragido, criador da criptomoeda LUNA nega que tenha embolsado R$ 300 milhões em Bitcoin

Autoridades da Coreia do Sul tentam congelar recursos suspeitos de terem ido parar no bolso de Do Kwon, foragido da Interpol
Fundador Terraform Labs Do Kwon

(Foto: Divulgação/Medium)

A saga do projeto Terra segue criando um capítulo atrás do outro nesta semana.

As autoridades sul-coreanas estão tentando congelar mais de US$ 60 milhões em Bitcoin – cerca de R$ 300 milhões – vinculados ao cofundador do Terra, Do Kwon, informaram meios de comunicação locais.

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O pedido teria sido apresentado às corretoras de criptomoedas OKX e KuCoin, em relação a cerca de 3.313 unidades de BTC, no valor de cerca de US$ 62 milhões a preços atuais.

Mas Kwon, que foi alvo de um alerta vermelho da Interpol pedindo sua prisão nesta semana devido ao seu papel no colapso das criptomoedas LUNA e UST, do ecossistema Terra, disse no Twitter que o relatório era “desinformação” e alegou que não havia usado nenhuma das plataformas “pelo menos no último ano.”

What has been probably the most surprising in all this is the amount of misinformation that gets spread.

There is no “cashout” as alleged, i havent used kucoin or okex in at least the last year, and no funds of tfl, lfg or any other entities have been frozen. https://t.co/E1cbKgoqQz

— Do Kwon 🌕 (@stablekwon) September 28, 2022

Embora os promotores tenham se recusado a dizer por que acreditam que esses bitcoins estão vinculado a Kwon, uma pesquisa da plataforma de análise CryptoQuant sugeriu que os fundos foram transferidos pela Luna Foundation Guard (LFG) em 15 de setembro, um dia após um tribunal coreano emitir um mandado de prisão para Kwon.

A LFG é uma organização sediada em Cingapura criada para apoiar o crescimento do ecossistema Terra. Seus membros incluem o próprio cofundador do Terra, Do Kwon, o chefe de pesquisa do Terra, Nicholas Platias, o cofundador do meio de comunicação Real Vision Remi Tetot, o parceiro da Delphi Digital, José Maria Macedo, e o presidente da Jump Crypto, Kanav Kariya.

A LFG também foi ao Twitter para negar a criação de novas carteiras ou a movimentação de qualquer criptomoeda desde maio.

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The LFG treasury’s $BTC wallet is:

bc1q9d4ywgfnd8h43da5tpcxcn6ajv590cg6d3tg6axemvljvt2k76zs50tv4q

LFG hasn’t created any new wallets or moved $BTC or other tokens held by LFG since May 2022.@CoinDesk @iamsandali @cryptoquant_com https://t.co/VFN8A4mJRo

— LFG | Luna Foundation Guard (@LFG_org) September 27, 2022

A organização também postou o endereço de sua carteira Bitcoin, à qual o CryptoQuant respondeu: “Essa é a pública”, implicando que há pelo menos uma outra carteira privada.

Em resposta às suspeitas sobre o momento da suposta transferência, Kwon negou que tenha havido uma tentativa de “retirada de dinheiro”.

“Zero esforço para se esconder”

Apesar do mandado de prisão coreano e do aviso da Interpol contra ele, Kwon afirma que “não está ‘fugindo’ ou algo semelhante”.

As autoridades acreditavam que o fundador sitiado estava em Cingapura, mas a polícia local disse no início deste mês que ele não estava lá. As autoridades tentaram anular seu passaporte.

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Em outras interações com usuários do Twitter perguntando onde ele está, Kwon afirmou que está “codificando na minha sala de estar” e que regularmente sai para passear e ir ao shopping, fazendo “zero esforço para se esconder”.

O colapso do ecossistema Terra (tanto LUNA quanto stablecoin algorítmica UST) ocorreu em meio a uma enorme venda de criptomoedas, levando ao colapso de várias outras empresas do setor.

*Traduzido com autorização do Decrypt.co.

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