Imagem da matéria: FMI apresenta projeto para criar sistema global de criptomoedas estatais 
(Foto: Shutterstock)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou um plano para criar um sistema global das chamadas Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDC) que permitirá controles de capital para aumentar a interoperabilidade entre moedas de diferentes países, bem como reduzir os custos de pagamento.

Os supostos benefícios desse novo sistema foram descritos por Tobias Adrian, diretor do departamento de mercado monetário e de capitais do FMI, em discurso feito nesta segunda-feira (19) em Rabat, capital do Marrocos.

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“O custo, a lentidão e a opacidade dos pagamentos transfronteiriços vêm de uma infraestrutura limitada”, explicou Adrian, segundo o CoinDesk. “Nosso projeto para uma nova classe de plataformas melhoraria e garantiria maior interoperabilidade, eficiência e segurança nos pagamentos transfronteiriços, bem como nos mercados financeiros domésticos.”

A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, já havia adiantado na semana passada que a organização estava “trabalhando duro” em um conceito de infraestrutura global que garantiria a interoperabilidade entre moedas digitais emitidas por bancos centrais. 

De acordo com a Bloomberg, a diretora disse na ocasião que esse projeto evitaria a subutilização das CBDCs, que estão no momento sendo estudadas por bancos centrais do mundo inteiro – inclusive no Brasil, com o Real Digital.

Segundo o FMI o novo sistema poderia, por exemplo, permitir a programação de pagamentos sem que os participantes precisassem fornecer informações privadas a intermediários, bem como e economizar liquidez ao permitir que os contratos fossem dados como garantia.

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Real digital

A discussão sobre a criação da CBDC brasileira, mais conhecida como “real digital”, segue em ritmo acelerado pelo Banco Central do país. 

Em maio, o BC criou o Fórum do Real Digital, um comitê para discussões relacionadas ao real digital que conta com a coordenação do Departamento de Operações Bancárias e de Pagamentos (DEBAN) e a participação de alguns servidores públicos, profissionais privados e membros autorizados da sociedade.

O comitê vai funcionar como canal de comunicação com os agentes e as entidades representativas de instituições reguladas pelo BC e com outros setores envolvidos, viabilizando consultas, trocas de informações e a adequada orientação das expectativas acerca do Piloto do Real Digital, do desenvolvimento da plataforma e de outros temas relacionados ao projeto.

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