Fantom, Solana, Near, Cosmos seguem em queda e mercado de criptomoedas perde US$ 76 bilhões

Tokens por trás de populares protocolos de primeira camada, como Fantom, Solana, Near e Cosmos e outros, despencaram nas últimas 24 horas
Gráfico mostra queda no mercado

Shutterstock

Diversas grandes redes de primeira camada caíram drasticamente nas últimas 24 horas, conforme as líderes de mercado Solana (SOL), Terra (LUNA), Cosmos (ATOM), Near (NEAR) e outras despencaram em até 5%.

Ethereum, a principal plataforma de contratos autônomos, caiu 2%, caindo de mais de US$ 2,6 mil para US$ 2,5 mil. Porém, o dano a outros protocolos foi bem pior.

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Após a notícia de que Andre Cronje está saindo da indústria como um dos desenvolvedores mais produtivos das Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na abreviatura em inglês), o token da Fantom Network (FTM) despencou mais de 20% nos últimos sete dias, mas registra uma alta de 1,5%, estando precificado a US$ 1,43.

Cronje, e diversos outros, tiveram um papel fundamental em desenvolver o ecossistema Fantom conforme Solidly, seu mais recente projeto de corretora descentralizada (ou DEX), drasticamente impulsionando o valor total de todos os projetos nessa rede.

No entanto, desde o anúncio de sua saída, o dinheiro foi removido em massa da rede.

Valor total bloqueado (ou TVL) de projetos desenvolvidos na Fantom (Imagem: DeFi Llama)

Após Fantom, Cosmos e Near Protocol despencaram 2,5% e 4,6%, respectivamente, enquanto Solana despencou 3,5%.

Terra Network, a rede de primeira camada que mais cresce e responsável pelo token LUNA e a stablecoin UST, também caiu quase 2% após uma semana extremamente positiva.

Já redes de primeira camada menos conhecidas, como Kadena (KDA) e Harmony (ONE), também caíram cerca de 3%, de acordo com dados obtidos do site CoinMarketCap.

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O que são redes de primeira camada?

Uma rede de primeira camada pode ser considerada como uma espécie de camada-base cripto, onde vários projetos podem ser desenvolvidos.

Esse tipo de rede geralmente fornece o esquema e as ferramentas para criar uma coleção de tokens não fungíveis (ou NFTs), por exemplo, ou um mercado monetário para que usuários aloquem suas stablecoins.

Comprar um NFT ou depositar dinheiro nesse mercado monetário também gera taxas que, geralmente, são denominadas na moeda nativa da rede.

Usuários enviam ether (ETH) para realizar empréstimos no Aave em vez do token nativo AAVE, por exemplo.

Ethereum e Bitcoin são as duas maiores redes de primeira camada do setor de criptoativos, mas o Ethereum é o mais maleável entre ambos.

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É bem mais fácil que desenvolvedores trabalhem no Ethereum do que no Bitcoin. Na verdade, muitas das mais populares redes de primeira camada são adversárias diretas do Ethereum, tentando melhorar velocidades e custos de transações.

Porém, atualmente, esse nicho despencou bastante nas últimas 24 horas, incluindo o Ethereum.

Apesar de criptomoedas de primeira camada terem enfrentado o maior impacto dessa ação negativa, o dano se espalhou pelo amplo mercado cripto.

O bitcoin (BTC), a maior criptomoeda por capitalização de mercado, continua lutando para ultrapassar o importante nível psicológico de US$ 40 mil.

Neste momento, a moeda laranjinha está sendo negociada a US$ 38,6 mil, registrando uma queda de 43,8% desde sua alta recorde de US$ 69,7 mil em novembro de 2021.

 *Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.