Ex-diretor da FTX gasta R$ 7,7 milhões para comprar relógio do Titanic

Patrick Gruhn, ex-diretor da exchange de criptomoedas FTX, comprou o relógio de ouro encontrado no naufrágio do Titanic
Relógio de ouro de John Jacob Astor, morto no Titanic

(Imagem: Henry Aldridge & Son)

Um relógio de bolso de ouro que sobreviveu ao naufrágio do Titanic acaba de ser arrematado por Patrick Gruhn, um empresário alemão e ex-diretor da exchange de criptomoedas FTX, que pagou cerca de US$ 1,5 milhão (R$ 7,7 milhões) pelo item, a maior quantia já gasta em leilão por uma peça de memorabilia do Titanic.

O relógio de 14 quilates pertencia ao magnata imobiliário americano John Jacob Astor IV, que permaneceu a bordo do navio condenado depois de colocar sua esposa em um barco salva-vidas.

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Segundo o The Wall Street Journal, a identidade de Gruhn havia sido mantida em segredo, mas agora foi confirmada pela casa de leilões inglesa Henry Aldridge & Son. Gruhn disse que o comprou como presente para sua esposa, Maren Gruhn, e que eles exibiriam o relógio em museus.

“Queremos que as pessoas nos EUA possam ver e admirar esta relíquia histórica”, disse Gruhn, que dirigia um escritório de advocacia focado em criptomoedas na Suíça e agora está morando no Oregon, de acordo com o jornal.

A ligação com a FTX

Gruhn era chefe de negócios europeus da FTX quando a corretora entrou em colapso no final de 2022. A massa falida da exchange concordou recentemente em desistir de um processo contra Gruhn, que buscava recuperar pelo menos US$ 323 milhões dos pagamentos indevidos feitos por Sam Bankman-Fried, fundador da empresa.

Como parte de um acordo, Gruhn e outros fundadores da unidade europeia concordaram em recomprar os ativos europeus por cerca de US$ 33 milhões. O executivo diz que não sabia das ilegalidades e que usou o dinheiro da venda de suas empresas para comprar o relógio.

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Atualmente, Gruhn controla um novo negócio para construir uma bolsa de derivativos de criptomoedas na Europa, além de dirigir uma rede de TV católica alemã.

O relógio, gravado com as iniciais de Astor, foi restaurado e guardado por seu filho, Vincent Astor, que mais tarde deu o relógio ao filho do secretário pessoal de seu pai, cuja família o vendeu na década de 1990 a um colecionador particular chamado John Miottel.