Arthur Hayes, que atuou como CEO da BitMEX até ser acusado em outubro de conspiração e lavagem de dinheiro, se rendeu às autoridades dos EUA para enfrentar julgamento, de acordo com reportagem da Bloomberg.
Hayes, que morava em Singapura, voou para o Havaí para se entregar antes de ser libertado sob fiança de US$ 10 milhões como parte de um acordo pré-combinado com os promotores dos EUA.
O ex-CEO enfrentará julgamento em Nova York junto com seus co-fundadores Benjamin Delo e Samuel Reed. Os três são acusados de violar a Lei de Sigilo Bancário, que exige que as instituições financeiras tomem medidas para prevenir a lavagem de dinheiro.
Uma quarta pessoa, o chefe de operações comerciais Gregory Dwyer (que está de licença), está em Bermudas e, segundo consta, não tem cooperado com as autoridades dos Estados Unidos. Os EUA estão buscando sua extradição.
BitMEX é uma bolsa para negociação de derivados de criptomoedas, como contratos futuros de Bitcoin. De acordo com o CoinMarketCap, é a bolsa de derivados mais popular, tendo registrado US$ 4,4 bilhões em volume de negócios nas últimas 24 horas.
Os promotores dos Estados Unidos acreditam que parte da popularidade da BitMEX pode ser decorrente de políticas comerciais que supostamente o colocam em conflito com as leis dos Estados Unidos. “Como resultado de sua falha em implementar programas [anti-lavagem de dinheiro] e [conheça seu cliente (KYC)], a BitMEX se disponibilizou como um veículo para lavagem de dinheiro e violações de sanções”, diz a acusação de outubro.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co