“Eu apoio o Bitcoin. Bancos centrais estão destruindo o nosso dinheiro”, diz líder populista do Canadá

Apelidado de ‘Mad Max’, Maxime Bernier prega liberalismo e critica políticas de bancos centrais
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Foto: Shuttestock

Maxime Bernier, ex-ministro das Relações Exteriores do Canadá, publicou em redes sociais no início da semana o seu apoio ao Bitcoin e às criptomoedas. Apelidado de “Mad Max” entre seus apoiadores, o líder populista e crítico da atual política econômica do país revelou que frequentemente é questionado se apoia as moedas virtuais.

“Claro que eu apoio”, disse Bernier, acrescentando: “Eu abomino como os bancos centrais estão destruindo o nosso dinheiro e a nossa economia. Eu sou um fã do velho ouro e da prata, mas as criptos são outra maneira inovadora de combater isso, o que deve ser encorajada”.

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O fundador do Partido Popular do Canadá (PPC) também usou o Instagram para reproduzir seu apoio ao Bitcoin e criptomoedas. No entanto, atualmente seu foco está em uma campanha antivacina no país. O apelido recebido de seus apoiadores — personagem de Mel Gibson no filme ‘Mad Max’ — , se refere à sua tendência libertária, segundo a BBC, termo que ele mesmo já adotou.

As críticas de Bernier ao sistema econômico do Canadá são de longa data. Em junho, por exemplo, ele marcou no Twitter a conta do Bank of Canada, banco central do país, e fez o seguinte comentário:

“Isso, continuem a imprimir dinheiro, desvalorizar o dólar, forçar a alta de todos os preços, empobrecer os mais pobres, financiar o déficit gigantesco de Trudeau, distorcer a economia, alimentar a bolha imobiliária e impulsionar artificialmente o mercado de ações, seus burocratas keynesianos idiotas”. 

Justin “Trudeau” é o primeiro-ministro do Canadá e o termo “keynesiano” é usado para se referir a quem segue teorias de política econômica do economista inglês, John M. Keynes (1883-1946).

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Em agosto do ano passado ele fez uma crítica ao Fed, o banco central dos EUA, ao compartilhar uma publicação que falava sobre uma agenda de inflação mais alta que estava sendo elaborada pela entidade, onde tachou também o termo ‘keynesianos’.

“Esses burocratas keynesianos malucos farão de tudo para diluir o poder de compra de seus dólares e torná-lo mais pobre”, escreveu Bernier.