O Ethereum está a um passo de sua Fusão, que marcará a chegada do Ethereum 2.0. Essa etapa final vai acontecer daqui a poucos dias.
A implementação à rede de testes Goerli/Prater, que será o teste final a ser finalizado antes da tão aguardada transição do Ethereum ao sistema de consenso proof of stake (ou PoS, na sigla em inglês), irá acontecer na semana que vem, de acordo com um anúncio feito pela Ethereum Foundation.
Redes de teste (ou “testnet”), como a Goerli, são “ensaios finais” para a fusão, que preparam a rede para esse acontecimento que migrará toda a rede principal (ou “mainnet”) do Ethereum para um ambiente de rede de testes. A rede de testes Goerli será a terceira e última simulação.
No início de julho, a rede de testes Sepolia realizou a fusão com êxito. Em junho, a rede de testes Ropsten também executou a migração bem sucedida para o PoS.
Entre 6 e 12 de agosto, a rede de testes Goerli irá se fundir com Prater, sua “beacon chain”. A beacon chain principal é a versão proof of stake do Ethereum que está sendo operada em paralelo com a atual versão proof of work (ou PoW) do Ethereum desde dezembro de 2020.
Final testnet merge is scheduled pic.twitter.com/l4hjeWVIPa
— Cobie (@cobie) July 28, 2022
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A fusão moverá toda a atividade na atual rede PoW do Ethereum para a beacon chain. Se a rede de testes Goerli tiver êxito, os desenvolvedores principais do Ethereum esperam implementar a fusão no dia 19 de setembro.
No atual modelo PoW da rede, ethers (ETH) são criados por meio de uma prática que consome muita energia chamada “mineração”, em que mineradores direcionam altas quantidades de poder computacional para solucionar quebra-cabeças difíceis na expectativa de transmitir novos blocos e receber recompensas em ether.
A fusão irá encerrar a mineração de ether e substituí-la com o processo de staking, em que cerca de 32 ETH são necessários para que holders possam alocá-los e criarem mais criptomoedas. De acordo com a Ethereum Foundation, o modelo PoS tornará a rede Ethereum 99% mais energeticamente eficiente.
Já que a prática de staking irá bloquear grande parte do ETH que já está em circulação, alguns acreditam que a fusão terá um efeito deflacionário na criptomoeda, mantendo a oferta menor enquanto a demanda continua constante ou aumenta.
Talvez, por esse motivo, o ether tenha disparado 55,7% no último mês em comparação à alta mensal de 20% do bitcoin (BTC), segundo o CoinMarketCap. Nesta sexta-feira (29), o ether chegou a US$ 1.731 — um preço não registrado desde o início de junho.
*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.
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