Ethereum 2.0: o que você precisa saber sobre o The Merge | Opinião

Promessa é reduzir consumo de energia elétrica, mudar o algoritmo de consenso, diminuir o congestionamento da rede e aumentar a segurança
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Foto: Shutterstock

O Ethereum (ETH), segundo o CoinMarketCap, é a segunda maior criptomoeda em valor de mercado e está passando por uma mudança em sua concepção. Desde sua criação, a ETH utiliza um padrão similar ao do Bitcoin, o Proof-of-Work, ou PoW, um algorítimo que gera automaticamente novas criptos ao ecossistema da moeda. Esse sistema permite que usuários utilizem a mineração na rede blockchain para receber recompensas na moeda.

O The Merge é a mudança desse modelo para o Proof-of-stake, ou PoS onde os blocos na rede blockchain são gerados pela própria moeda; esse sistema é similar ao utilizado na Cardano (ADA). Nesse novo modelo, o método para processar as transações funciona de modo aleatório e os usuários que possuem a moeda validam as transações de outros negociadores. Dentro desse sistema, o bloco não é minerado, ele é construído. Se tudo correr conforme o planejado, o The Merge ocorrerá em setembro, completando a transição da rede Ethereum de PoW para PoS.

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Porém, o Merge tem gerado muitas dúvidas, seguem abaixo algumas respostas que vão te ajudar a entender esse importante momento do universo de criptoativos:

Por que mudar agora?

A fusão da ETH vem sendo desenvolvida desde sua criação em 2015 já teve sua data adiada várias vezes, mas desta vez ele realmente vai acontecer e seu impacto no mercado será grande já que depois da fusão não será mais possível minerar ETH.

Benefícios do The Merge

A promessa do novo Ethereum é reduzir o consumo de energia elétrica gasto na mineração da moeda, mudar o algoritmo de consenso, diminuir o congestionamento da rede e aumentar a segurança, ou seja, em apenas uma movimentação a plataforma acabará com alguns de seus gargalos.

A Ethereum pós, fusão promete ser o ativo mais eficiente em consumo energético, no sistema PoW o gasto com energia diminuirá cerca de 99%. Moedas que utilizam o modelo de mineração demandam enormes quantidades de energia elétrica, além de gerarem muitos gastos com dispositivos de hardware e equipamentos eletrônicos. Além disso, os custos ambientais para se manter uma operação de mineração são muito grandes e dispersam enormes quantidades de gás carbônico na atmosfera.

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Como ficará o ETH?

No entanto, das mudanças anunciadas sentiremos de imediato o impacto da taxa de emissão da moeda que irá diminuir, tornando a ETH um ativo deflacionário. O fato é que o ETH é o principal ativo do momento e vem tendo uma performace muito superior ao Bitcoin. A fusão irá trazer mais confiança ao mercado e como a criptomoeda se tornará deflacionária, consequentemente o preço irá subir.

A emissão de novos ETH vai cair daqui para frente, como não será mais necessário a mineração por computadores, os traders terão que acumular ativos para serem recompensados, ou seja, serão queimados mais ETH do que emitidos, por isso a expectativa é de uma grande alta após o The Merge. O anúncio da fusão já está movimentando o mercado e valorizando a ETH, deixando-a perto do valor de US$ 2.000.

Aumento na velocidade das transações?

Muito se falava que a fusão iria trazer a diminuição de taxas e aumento na velocidade das transações, mas essas não são funções do The Merge. A redução das taxas já está funcionando desde o lançamento da

EIP-1559 no ano passado e a velocidade das transações irá continuar a mesma, trinta por segundo.

Ainda existem algumas perguntas a serem respondidas na atualização, mas as mudanças no projeto da cripto são profundas e a longo prazo irão gerar uma alta importante no preço da ETH. O Merge não vai apenas afetar a segunda maior criptomoeda do mundo, mas também o criptoespaço como um todo.

Sobre o autor

César Felix é gerente de Customer Experience da exchange NovaDAX